Fran Caye
Sabe, eu quero que você sempre volte. Reclame e ria da vida numa única frase. Abrace-me tão apertado quanto a saudade que a gente deixou pra trás. Quero que peças uma bebida e brinde, seja pra sorrir ou pra chorar. Mas, quero que saibas, que eu estarei aqui e sempre vai ter espaço para alguém como você.
Se a humanidade não fosse preguiçosa, não teria inventado fastfood, ctrl-c e ctrl-v e a roda. Deixem-se bocejar, é segunda-feira.
Ela me pediu desculpa.
Eu entendi o pedido, mas não o porquê dele.
"O que?"
"Me desculpa, moça..."
Eu, dividindo a chuva com aquela mulher.
Ela, dividindo sua dor, sua fome, sua tristeza...
Eu não sei realmente o porquê, mas respondi
"Tudo bem, fica tranquila...
Não pediu dinheiro, pediu desculpas.
Calçados carregam história em forma de sujeira, a cada novo rasgo ou arranhão. Não levam só a gente, sempre trazem um pouco do lugar pisado.
Impregnamos as certezas de incertezas e vice-versa Questiona-se o que existe, afirmando que a incerteza é certa. O que existe nunca é medida do que poderia existir.
Amora, seria a mulher do amor? Amora, cultivada em regiões mais frias. Amor, cultivado para os corações aquecer. Amora, de sabor doce e um pouco ácido. Amor, por vezes encantador, por vezes tão ardido. O amor, a amora. A amora e o amor. Amoreira. Amor e ira.
Eu preciso de limites. Delimite, Dê limite. Que eu ultrapasso, transcendo, trapaço... Limites são criados pra isso, não quero a sua ausência. Que o meu limite seja o horizonte.
Imitando o réptil escamado e aquecendo-me ao sol: lagartear. Tanto o verbo quanto o frio, só no sul se encontra.
Sabe, tem dias que não acontece nada. É rotineiro, é tedioso é ocioso... Você se sente assim quando está sozinho? Deve estar em péssima companhia.
Você não precisa ser amigo de todo mundo, selecione. Te acrescenta algo? Deixe pertinho. Não, não estou falando de carro, de dinheiro, de casa na praia. É risada, empatia, boa conversa. Você é o que seus amigos são!
Agosto já começou mal pela briguinha entre Júlio César e César Augusto. Mas convenhamos, não é justo culpar 31 dias pelo teu infortúnio! Meu "agosto" começou há uns 20 dias e eu pretendo colocar um fim nisso logo, talvez ignorando os ventos fortes, talvez armazenando viveres. Talvez a vacinação funcione, vai saber! Caso escolham passar o mês inteiro no aguardo de setembro, okay, azar de vocês! Mas, o mês começou com um lindo dia... Até Caio Fernando concordaria
Para o Zippo, meu gato: A única vida pela qual eu me sinto responsável, além da minha. O único amor que nunca me pediu provas. O ronronar a cada chegar, o miado desesperado a cada partir. As partes boas e as ruins, quem diria que eu ia cuidar um vagabundo, assim?
Viajar o mundo
Provar as pessoas
Sentir os perfumes
Ler os livros
Viver os amores
Viajar os livros
Provar o mundo
Sentir os amores
Ler os livros
Viver os perfumes
Viajar os amores
Provar os amores
Sentir os amores
Ler os livros
Viver os perfumes
Eu tenho pensado nas pessoas que somam. Àquelas que carinho devotam e que, os defeitos, nem notam. Naquelas que investem seu tempo e energia com os outros, insistindo no riso constante e deixando as (pré-)ocupações de lado. Aquelas pessoas que transmitem paz com um sorriso e em silêncio, falam. Penso naquelas pessoas que me ajudam a atravessar abismos, por mais imaginários que eles sejam. Tenho pensado nas pessoas que fazem abrigo no coração, para que eu os use de moradia. Naquelas que constroem inúmeras certezas em cima do meu medo. E que, depois de anos, me entregam o mesmo abraço. Que dizem “chega!” e dizem “não!” (mesmo que eu não escute) e que, ao invés de dizer “vai!”, pegam minha mão e satisfeitos, me acompanham. Naquelas que falam bonito, e agem mais bonito ainda. Naquelas pessoas que sabem que é amando que a gente se estende.
Estar longe é intrigante.
Mesmo longe, tem quem fique perto.
E, há quem, ao nosso lado, fique distante.
- nunca ganhei uma flor
envergonhada eu disse, te testando
desconfiei que era amor
quando com uma rosa, tu estavas me esperando.
aflita, percebi que pouca coisa estava a meu favor
eu menti, pois flor eu já havia ganhado
e agora, a poesia vai perder todo o seu valor?
E eu? Perderei meu primeiro namorado?
Bruno, (diziam que) sozinho falava. Gente sem imaginação, caladas deveriam ficar. Para o céu, (na verdade) baixinho o pequeno garoto sussurrava. Bruninho tinha um esconderijo, e a noite, com as estrelas conversava. Ele era criança inquieta, mas às estrelas com atenção escutava.
Uma estrela ao pequeno menino contou que o poder de transformar as coisas ele tinha.
- Como? Como? Como?; com os olhinhos brilhando, ele questionou.
- O satisfeito dorme, o insatisfeito desperta; respondeu calmamente a estrelinha.
Abandonou o esconderijo, deixou os brinquedos e pouca roupa levou. Bruninho cresceu, ciente da sua responsabilidade, seria ele um insatisfeito, independente da idade.
Ainda pequeno, percebeu que a conclusão não lhe interessava. Parado não ficava. Caminhava, sozinho e sem chegada. Sem afeição por satisfeitos, o (já crescido) Bruno continuava.
Os outros, a ele tentavam julgar. Diziam que nada faltava, que quieto ele deveria ficar. Enquanto ele, sozinho caminhava. O mundo é grande e foi feito para se caminhar... e correr; sonhar e realizar. E repetia: errado é nada querer, ou pouco desejar.