Florestan Fernandes
Florestan Fernandes nasceu em São Paulo, no dia 22 de julho de 1920. Formou-se em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Foi assistente do professor Fernando Azevedo, da cadeira de Sociologia II, na mesma universidade.
Em 1949, concluiu o mestrado na Escola Livre de Sociologia e Política com a tese “Organização Social dos Tupinambá”. Em 1951 obteve o doutorado, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, com a tese “Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá”, que foi consagrado um clássico da etnologia brasileira.
Escreveu diversos ensaios sobre a sociedade brasileira, foi considerado um dos fundadores da sociologia critica. Entre suas obras destacam-se: “O Preconceito Racial em São Paulo” (1951), “Relações Raciais entre Negros e Brancos em São Paulo” (1955), “A Etnologia e a Sociologia no Brasil” (1958) e “Mudanças Sociais no Brasil” (1960).
Em 1964, escreveu “A Integração do Negro nas Sociedades de Classe”. Nesse mesmo ano, perseguido pela ditadura militar, foi afastado de suas atividades acadêmicas. Exilado, passou a lecionar em universidades do Canadá e dos Estados Unidos. Escreveu ainda: “Capitalismo Dependente e Classes Sociais na América Latina” (1973) e “A Revolução Burguesa no Brasil” (1975). De volta ao Brasil, em 1977, lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo a partir de 1979, e em 1986 retornou à USP.
Além de suas atividades acadêmicas e literárias, destacou-se também por sua militância no Partido dos Trabalhadores. Foi eleito deputado federal em 1986. Em 1990 participou da Assembleia Nacional Constituinte. Florestan Fernandes faleceu em São Paulo, no dia 10 de agosto de 1995.