Flavia Rossini
“Eu só te peço uma coisa: Não me deixa. Não me abandona. Não se vai. Porque se isso acontecer, eu perco o sentido da vida. A base. O chão. O teto. O coração. Perco tudo…”
“Todo mundo costuma falar que “quando era criança, era feliz e não sabia”. Mas é claro. Na infância, você não se dá conta de nada, não se importa com nada. Apenas em brincar, arranjar novos amiguinhos, correr, pular… Você não sabe exatamente o que é a felicidade; estar feliz era simplesmente ter alguém ali por perto, para te proteger ou somente para se divertir. Você vai crescendo, e aos poucos, vai entendendo que nada é tão fácil assim. Você passa por problemas, teu coração dói, nada é perfeito. Não mais. E assim, vai descobrindo o valor que a felicidade tem. O valor que você deve dar à ela, pois não será mais todos os dias em que ela estará contigo. E conforme os anos, você vai aprendendo isso. Vai se acostumando.”
E sempre irão existir certos momentos, certas pessoas, certas palavras, certas atitudes… De que quando você se lembrar, irá mudar teu dia por completo.
“Ás vezes parece ser tão estranho o modo como nos completamos. É como se fosse um quebra-cabeça e nós dois fossemos as peças, se encaixando perfeitamente um ao outro, e cada vez mais com o tempo. É como se fosse um laço, ficando mais e mais forte, sendo impossível de desatar teu nó. É como se fosse um conto de fadas, onde você seria o príncipe encantado e eu, apenas a princesa perdida; você me encontraria, e teríamos um final feliz; mas, no caso da realidade, nunca teríamos um final. É como se fosse o oceano e as estrelas, que nunca se encontra onde acaba. É como se fosse uma estrada, não toda asfaltada, é claro; pois em todo amor, existem pedras no caminho, mas que com teu tamanho incondicional, não são suficientes para desfazer tudo o que construiu. Tudo em mim, se baseia nisso. Se baseia em nós. No nosso amor. Tão grande, forte e infinito.”
“Chega um dia em que a vida deixa de ser justa e você é obrigado a conviver com isso. Com a hipocrisia, com a falsidade… Com a sociedade. Com os acertos nunca vistos e os erros sempre sendo lembrados. Com as chances perdidas e os arrependimentos diários; com a dúvida do futuro e a tortura do passado. Com as lágrimas descendo a cada noite e os sorrisos brotando ao amanhecer. Com diversos sentimentos, mas poucos corações puros. Um dia você acaba acostumando. Demora, mas depois você não se importa. Depois, vira rotina.”
"Eu não sei ainda porque continuo sendo tão ingênua a esse ponto. Tantos motivos para mudar, para começar a construir uma barreira entre mim e as pessoas, ou até, entre meu coração. Mas, ao invés disso, continuo sendo essa garota frágil. Sem proteção. Deixando tudo me ferir, sem conseguir machucar de volta. Sem conseguir tirar a dor e levá-la embora. Sempre perdoando os outros com facilidade, mas mesmo assim, guardando todas as palavras ditas e me torturando cada vez mais com elas. Tão boba, sensível. Parece que é a pior coisa do mundo ser assim. Sem conseguir se proteger da sociedade. Sem saber trancar teu coração."
"Ingenuidade. Essa é uma das palavras que conseguem realmente me definir. Eu não queria, de verdade. Hoje em dia, são poucas as pessoas que tem isso; são poucas as pessoas que conseguem retribuir até. Na sociedade em que vivemos atualmente, a frieza está conseguindo dominar. Não que todos sempre foram assim; alguns tiveram motivos para isso, necessidade. Para esses, foi uma forma de se “proteger” contra todas as pedras que tacam, foi como um muro construído, para ninguém conseguir chegar ao ponto mais frágil, que é seu coração.
Mas eu, não tenho essa defesa. As portas estão sempre abertas, qualquer um consegue entrar. Por causa disso, eu acabo me importando demais, e até, me machucando demais. Você que é ou já foi assim, sabe disso. Sabe o quanto dói, sabe o quão ruim isso é. E o quanto a vontade de querer mudar aumenta cada vez mais."
"Eu só te peço que, se eu te fiz algo de errado, me perdoe. Se estou chata e insuportável ás vezes, não é por tua culpa; sabe, eu sou assim mesmo. Toda errada, desajeitada. Difícil de se lidar. Se fico quieta, pensativa, solitária… É porque ás vezes preciso disso; afinal, quem nunca precisou ficar um pouco a sós, para colocar toda essa bagunça que é a vida em ordem? Se estou meio “ausente” ou desanimada e não te falei, é porque alguma coisa está acontecendo e não quero te incomodar com minhas bobagens. Mas, por favor, não me abandone nesses momentos em que estou assim… São neles em que eu mais preciso de você ao meu lado."
"Eu tenho um medo enorme de te perder, mesmo você me passando segurança. Tenho medo de um dia ficar sem ouvir você me chamando com aqueles nossos apelidos carinhosos, de ficar sem aquele teu abraço que consegue me confortar tanto; medo de ficar sem sentir tua boca na minha, ficar sem apenas ouvir tua voz ou até mesmo tua risada. Tenho medo de apenas ficar sem te ver ali, em minha frente; de não poder mais te dizer que eu te amo e que é você que eu preciso comigo. Mas, o principal, é o medo de que você me esqueça algum dia… Esqueça de todas as coisas boas que já vivemos juntos. Isso eu não aguentaria, de verdade. Me promete que todos esses medos são em vão e que nada afetará nós dois, nosso futuro? Promete?"
"E o pior é que eu gosto desse teu jeito sensível, dessa tua forma de ver as coisas. Mesmo sabendo que qualquer atitude mínima que eu tome de errado possa te magoar, te deixar sem ânimo algum — O que me machuca pra caramba, por depois não saber como consertar tudo isso. Eu gosto desse teu jeito todo imprevisível, repentino, meio desajeitado; que por mais que me deixe sem saber o que fazer ou falar ás vezes, eu me sinto bem. Esse teu jeito carinhoso, ciumento, cuidadoso e preocupado… Que me faz sentir amada, que me faz ver que alguém realmente se importa comigo, tanto emocionalmente quanto fisicamente. E é por isso que eu te amo, é por isso que a cada vez que você não está se sentindo tão bem, eu pego essa dor em dobro para mim e a sinto junto com você, mesmo que não demonstre ou perceba. Eu sempre estarei ali, ao teu lado, seja como for."