Flavia Rohdt
Invisível
O invisível
está visível,
permanentemente,
em minha mente.
Como ladrão
rouba meu chão,
tira minha paz,
porém me apraz.
TORMENTO
As horas passam,
Só não passa essa vontade,
Que permanece em mim.
O tempo passa,
Só não passa esse desejo,
Que insiste em ficar aqui.
Horas e tempo passam,
Vontades e desejos existem,
Cada vez maiores dentro de mim.
Horas e tempo,
Vontades e desejos,
Que me tormentam assim!
Caneca de Café
O momento contigo é aconchegante,
me deixa em segurança,
é um momento que me sinto em paz...
Você me acolhe,
Me desperta,
Me faz bem!
Como uma caneca de café,
Você está representada assim:
Bonita, parece feita de creme,
Quente e envolvente,
Feita pra mim.
REENCONTRO
Em meio a versos
estou entregue...
Imersa num instante
que já me é distante.
Sem relutar
apanho o que resta:
Palavras,
Poesias trocadas
tencionadas...
Reveladoras
de quanto anseio
o reencontro.
UM VERÃO EM MIM
Um indômito verão há em mim
E nele a poesia extasia
Entre as chuvas inesperadas
E os mormaços sufocantes
Eu lavo a alma
Mantenho a calma
Neste misto veraneio
Brinco, danço e canto
Celebro a vida
Encharco-me de fantasias
E se houver ventania de tristeza
O calor a transforma em alegria
Setembro amarelo já foi...
Se você vir o seu amigo depressivo sorrindo, ao invés de julgá-lo, alegre com ele,
Pois se você preferir vê-lo num quarto trancafiado sofrendo, tem alguma coisa errada com você!
"Julgar antes de perguntar o porquê é ignorar a complexidade das emoções humanas e a riqueza das histórias pessoais. Busque compreender antes de concluir, pois nem sempre as aparências revelam as verdadeiras intenções do coração."
Nas angústias da ansiedade e depressão, a falta de vontade não é frescura, tampouco ingratidão. É um labirinto de sentimentos densos, onde a mente se perde em suas próprias sombras. Àqueles que julgam, lembrem-se: a invisível batalha interna pode obscurecer a capacidade de manifestar afeto, mas o amor e compreensão são luzes que podem guiar almas perdidas de volta ao caminho da esperança. Sejamos empáticos e pacientes, pois uma mão estendida com delicadeza pode fazer toda a diferença na jornada daqueles que enfrentam essa tormenta interior.
"A verdadeira riqueza da vida está em cercar-se de pessoas que inspiram bondade, pois a grandeza de um coração não se mede por interesses, cargos ou dinheiro, mas pela capacidade de amar e tornar o mundo um lugar melhor para todos."
Quando uma pessoa forte se vê fraca, é uma oportunidade para entender que a verdadeira força não está na ausência de fraquezas, mas sim na coragem de reconhecê-las e enfrentá-las com honestidade e humildade. É uma lembrança de que todos nós, independentemente de nossa aparência externa, enfrentamos lutas internas e emoções complexas.
Aceitar a própria fragilidade é um ato de autocompaixão, permitindo que se dê espaço para crescer, curar e se fortalecer ainda mais.
Portanto, a fraqueza aparente não diminui a força de uma pessoa forte; na verdade, pode ser a faísca que acende uma jornada de autodescoberta e crescimento emocional.
A vida é curta demais para desperdiçarmos em lugares que nos sugam a alegria e o entusiasmo. Encontrar um trabalho que nos faça sentir valorizados, que respeite nossos limites e que nos permita crescer é uma escolha corajosa, mas essencial para o nosso bem-estar e felicidade a longo prazo.
Usar a falha de outra pessoa para justificar decisões próprias revela falta de integridade e autenticidade, enquanto assumir responsabilidades e aprender com os erros nos torna seres humanos mais compassivos e resilientes.
"Buscar justificativas para o feminicídio é, em si, cometer o segundo crime de perpetuar o machismo.
Os que se inscrevem e se arriscam, mesmo na incerteza, estão sempre um passo à frente daqueles que permanecem seguros e inertes, pois é na coragem de agir que se forja o caminho da mudança.
Na quietude do próprio ser, encontramos uma riqueza escondida que muitas vezes escapa aos olhos apressados. Ao aprender a celebrar a grandiosidade de estar sozinho, desvendamos os segredos do nosso interior, onde cada pensamento é uma estrela que ilumina o caminho da autodescoberta.
A solidão, longe de ser um vazio, transforma-se em um palco íntimo, onde somos simultaneamente plateia e protagonistas. Nos momentos de silêncio, construímos poemas sutis que narram a história única de quem somos. Não é ausência, mas uma presença mais profunda, uma presença que transcende os limites do efêmero para se tornar eterna.
Ao aceitar a grandiosidade de estar consigo mesmo, abrimos as portas para uma dança interior, uma dança que não busca aplausos externos, mas que encontra sua beleza na harmonia sincera entre o eu e o universo. É nesse compasso sereno da solidão que descobrimos o verdadeiro valor da nossa própria presença.
Não esperamos por convites que não chegam, pois já estamos imersos na festividade do nosso próprio ser. A saudade alheia pode sussurrar em nossos ouvidos, mas aprendemos a transformar esse eco em uma canção de amor-próprio. A verdadeira celebração acontece quando reconhecemos que, no palco da vida, somos os diretores, os atores e os espectadores da nossa própria jornada.
Assim, a solidão deixa de ser um fardo para se tornar uma bênção. É nesse estado introspectivo que encontramos a serenidade necessária para compreender, aceitar e amar a nós mesmos. Cada momento sozinho é uma oportunidade de crescimento, uma chance de fortalecer a ligação sagrada com o nosso ser mais íntimo.
Na celebração da nossa presença, descobrimos que a verdadeira companhia é aquela que construímos dentro de nós mesmos. E assim, na grandiosa solidão, floresce a plenitude da existência.
{...} A solidão deixa de ser um fardo para se tornar uma bênção. É nesse estado introspectivo que encontramos a serenidade necessária para compreender, aceitar e amar a nós mesmos. Cada momento sozinho é uma oportunidade de crescimento, uma chance de fortalecer a ligação sagrada com o nosso ser mais íntimo.