Flavia Mello
Vocês tolos. Aprendem com nós que somos loucos, aprendem e riem, porque criamos o que não criam e falamos o que não falam, pintamos o que sétimos mudamos o que pensam.
Vocês tolos, sofrem porque não conseguem ser o que somos livres de alma e soltos como aves que a liberdade criou.
Somos o que vocês desejam e fazemos o que vocês não podem.
Nós loucos, somos de tudo um pouco, do nada que vocês tolos não são.
Vocês admiram o que pintamos e lêem nossos escritos, dançam o que compomos e seguem nossos estilos.
Somos nós que formamos vocês, tolos em busca de tantos porquês, tolos que nos estudam porque a nós cabe a diferença de ser o que jamais vocês conseguiriam atingir, porque somos loucos, livres.
Os loucos que criam que mudam e fazem que acendam e apagam. Que ousam fazer o que os tolos não fazem.
De tudo um pouco de todos demais, os loucos que somos não serão jamais.
A Falsidade
Ela parece aos seus olhos ser simples e desinteressada, sua voz tentar simular a de uma criança mimada, que com a ingenuidade e sorriso nos ganha em alguns âmbitos.
Seu falar é meigo, seu olhar carente, sua voz passiva, pouco eloqüente.
Sem de fato ser, aquilo que você pensa, ela chega assim, sem pedir licença.
Não queira saber, nem pagar pra ver, ela é o doce amargo, guerra de fogo cruzado, poste aceso na escuridão, com tantos adjetivos, FALSIDADE é seu chavão.