Flavia Marina
“ A sensação talvez seja essa: Saturação. De tanta falsidade, de tanta hipocrisia, de tantos sorrisos dissimulados.. Os sentimentos clamam por algo verdadeiro,pessoas, amigos, companhias, sabores, emoções . Ouvido confiável, ombro amigo, abraço sincero, olhares transparentes. Essa coisa de fake se tornou tão natural que virou ID. E você não sabe em quem confiar, em quem acreditar, em quem contar. Então o melhor é afastar, não por egoísmo, mas por ausência de estomago forte para agüentar tanto de nada”
Pare de chamar de destino as consequências de suas decisões. Elas não tem haver com (má)sorte. Cada um tem o diteito de decidir o que quer,porem arcar com o que vier depois.
“E depois de tanto tempo me ocultando de mim, é estranho querer me achar, me encontrar, na minha presença, na minha companhia. De gostar de estar comigo em um lugar qualquer, sem pessoas conhecidas, sem telefonemas ou mensagens. Eu não me conhecia, não me vivia desde não sei quando e agora estou gostando, e muito, de mim. Eu era a minha melhor companhia e não dava conta disso.”
Ah a mentira, essa corroe, mata qualquer sentimento, e quando vira habito, é pior que qualquer droga. Ela domina, vicia, e quando menos se espera, ela te ata, te encurrala, te deixa totalmente sem saída. E mesmo assim, você não consegue se ver livre dela. Muda sua vida, transforma seu caráter, te deixa intimamente envergonhado, nú. E a solução que é tão simples e transparente, parece obscura, tortuosa. A verdade não é a melhor escolha só para quem ouve, mas principalmente para quem fala.
Essa mania que as pessoas têm de quando morre alguém, elas tentarem os transformar em herói é ridículo. Um cantor que mal faz sucesso se tornou o rei da sua categoria, uma atriz que estava no sofá havia anos era a dama das telenovelas, um professor que pouco fazia seu trabalho tornou – se o grande mestre, o amigo que nem era notado na turma virou ‘o cara’, a namorada que era como uma cabeça de bacalhau, agora era a dona de todas as aparições, destaque em holofotes. Na verdade não é nada pessoal, mas é que faz pensar que essas pessoas só tiveram algum valor depois que partiram, ou quando estão no ultimo suspiro de vida. Temos é que parar com isso, endeusar quem não esta entre nós, independente do que eram que façamos isso em vida, para não termos nenhum remorso do ‘e se... ’ Não temos que perder para dar valor, é valorizar pra não perder.