Filipe Masetti Leite
A maior dificuldade desse tipo de viagem é cuidar dos seus animais que se tornam seus filhos. A minha ligação com os cavalos foi muito forte. Amo demais esses cavalos.
Nunca tive nenhum problema. Os cavalos acabaram abrindo portas que de outra forma não iam se abrir. Em fiquei na casa de narcotraficante em Honduras, fiquei na casa de político, de pessoas que tinham tudo e de pessoas que não tinham nada. E todos me ajudaram.
Um cavalo foi atropelado no sul do México. Ele escapou à noite e foi atingido em cheio por uma caminhonete. Mas eu tive muita sorte nessa primeira viagem. Eu tive diversos anjos da guarda. Eu fiquei um mês parado, cuidando dele, e o cavalo se recuperou. E o Frenchie chegou comigo até o Brasil, e hoje ele vive feliz no pasto da minha família.
Eu guardo uma gratidão enorme pelas pessoas que foram solidárias comigo. Estou aqui graças à ajuda de milhares de pessoas que encontrei pelo caminho. Pessoas que mataram a única galinha que tinham no quintal para eu comer. Isso é maravilhoso, saber que existem pessoas boas e solidárias no mundo inteiro.