Filipe Barcan

Encontrados 3 pensamentos de Filipe Barcan

O que é a vida...

A vida é o óleo que joga na panela
É a cebola que corta enquanto chora
É o simples olhar do cachorro que te acompanha
É o sentimento que a música do ambiente te que toca
É o olhar para o céu sem um propósito
É o arroz que queimou durante sua reflexão

Mas mais que isso, a vida mesmo é muito mais sobre o arroz queimado, ou você o joga fora ou aproveita as partes boas e o saboreia como uma vitória!

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Gostaria de ter o dom da oratória para descrever momentos.

E fazer deste instante como um filho que te abraça o tempo todo.

Pena que, enquanto penso e escrevo, o momento já se foi, se perde.

E já não sei de quem é o abraço que gostaria de ter recebido.

Talvez esse seja o único dom que tenho: o de esquecer coisas boas em segundos.

O lado bom disso? Amar o que não lembro não me faz sentir saudades.

Talvez esse texto faça sentido para outro TDAH (supondo que ele o leia sem pular palavras).

Vou deixar escrito aqui para eu tentar voltar em alguns anos e lembrar desse sentimento duvidoso…

#TDAH
#esqueci

Inserida por FilipeBarCan

⁠Meu tempo
Talvez eu, Filipe, curta minha vida em bem menos tempo que a sua.
Quanto tempo leva? Essa é a pergunta que fazemos para quase tudo antes de começar, não é? Inclusive quando nos deparamos com um textão como este ou mesmo antes de ir, arrumar ou melhorar alguma coisa. A pergunta é sempre a mesma: será que vale o meu tempo?
E, sim, acredito que o tempo é apenas uma questão de contexto. Sua vida passa em um ritmo bem diferente do meu. Vou te explicar:
Quando falamos sobre tempo, podemos pensar em duas dimensões:
O primeiro você já conhece bem: é o tempo físico, o espaço-tempo. Ele é baseado no movimento da Terra em relação ao Sol e divide nossas vidas em horas, dias e anos. Apesar de parecer uma regra absoluta e inquebrável, não é tão linear assim. A física já mostrou que ele pode se curvar, desacelerar ou acelerar dependendo de fatores como gravidade e velocidade.
O segundo é o que faz meu tempo passar diferente do seu. Ele altera a velocidade de forma inconsciente, inconstante e, eu diria, fascinante.
Esse “tempo” diferente é mais sutil. Talvez nem devesse ser chamado de “tempo”, mas vamos chamá-lo de tempo subjetivo. Ele é baseado na percepção de cada pessoa, na forma como vivemos e sentimos os momentos.
Em uma competição, por exemplo, os segundos que antecedem a largada podem parecer intermináveis. Já em uma boa conversa, daquelas que não acontecem há muito tempo, o tempo simplesmente desaparece. Uma hora parece vinte minutos?
Esses dois tipos de tempo — o físico e o subjetivo — coexistem e se cruzam o tempo todo. Enquanto o tempo físico nos dá estrutura, o tempo subjetivo nos dá profundidade.
Ok, eu sei que você já percebeu isso em alguns momentos. Mas já se perguntou como seria se isso acontecesse o tempo todo? E se sua vida inteira fosse assim?
Deixe-me te alertar: ela já é.
Começa no trabalho, passa pelo tempo que você gasta no celular, no convívio com suas companhias, e até na criação deste texto aqui. Tudo isso acontece no tempo real, mas é vivido no tempo subjetivo.
Esse tempo subjetivo muda de pessoa para pessoa, de dia para dia. Ele é afetado pelo que vivemos, pelas nossas emoções e até pela repetição da rotina.
A qualidade do seu tempo e a forma como ele passa podem ser moldadas, podem ser aprimoradas. O segredo é criar um “algoritmo” orgânico na sua mente, que torne sua visão das coisas mais interessante e profunda.
A verdade é que viver é contextual. O tempo não é apenas uma contagem universal, mas também uma experiência única, que se molda ao significado que damos aos momentos.
No fim, não importa quanto tempo passou no relógio. Geralmente, a felicidade está inversamente ligada a isso.
E, se ao olhar para trás você sentir que a vida está passando rápido demais, talvez — só talvez — você esteja vivendo.

Inserida por FilipeBarCan