Filipa Viana in Blogue Orchids Words
É natural que a dúvida e a incerteza se vislumbrem nos nossos pensamentos. Também elas são um sinal de preocupação. Contudo, não devemos deixar que elas ocupem demasiado espaço nas nossas vidas. O futuro é um tempo demasiado distante e longínquo para que possamos fazer uma análise racional sobre ele. Analisar o futuro? O futuro que nem sequer sabemos qual é? Então para quê tanta preocupação? Quanto muito, podemos perspectivá-lo. E isso, isso fazêmo-lo no presente, hoje e agora. Daí que o presente, o momento, tenha muito mais valor.
Quanto mais ela pensa menos é capaz de sentir. Esta coisa de se racionalizar os sentimentos tem destas coisas. Primeiro pensa, depois sente. Ela é feita assim, desta fibra ou então de frieza, como muitos apelidam a sua forma de ser.
Ninguém nos pode proibir de pensar, elaborar projectos e viajar. É essa viagem, livre e desprovida de condicionantes, que torna a nossa mente um local misterioso e único. Ainda que tenhamos momentos de tranquilidade ou inquietação, a nossa mente será sempre um local neutro para nós mesmos, sem julgamentos ou pressões sociais.
Enquanto há vida há esperança. É mesmo verdade. Independentemente do local que ocupamos neste mundo, da nossa condição e estatuto sociais somos gente com uma história. Cada um de nós tem a sua própria essência. Somos tantos e tão diferentes. Mas o que nos distingue... no fundo é o que nos une.
Ela é muito observadora. Quanto mais ela observa mais acerta. É de ver e calar. Detesta tagarelas e coscuvilheiros. Esse tipo de gente deixa-a “deprê”. Não precisa dessas energias negativas para nada! Xô stress!
Acho que cada um de nós sente as coisas do seu próprio jeito, com mais ou menos entrega. Há quem se exprima e exterioze tudo aquilo que sente. Isso é bom, é sinal de pureza. Mas também pode ser mau. Porquê? Há sempre quem ache este comportamento excessivo. Ela é comedida, ponderada. Ela é assim e sempre se conheceu assim. Ela não se dá a conhecer facilmente. Não tem que se dar a conhecer facilmente, ou tem?! Ela é daquelas pessoas que gosta de dar tempo ao tempo. Espaço e liberdade são fundamentais na sua vida. Só assim ela pode ser ela própria.
Com o tempo, fui-me apercebendo que a minha maior preocupação é viver. Viver. Sim, viver. Viver o dia e aproveitar tudo o que ele nos traz de bom. O que vier de mau não me preocupa: será mais uma lição de vida, a juntar a muitas. Viver cada dia da melhor forma que sei e posso.
O amor tem muito que se lhe diga e, ultimamente, ela tem-se debruçado na tentativa de encontrar uma definição de amor à sua medida. Não é obsessão, mas sim a ambição de saber e sentir mais. Perceber como são estas coisas de amar e ser amado.Para muitos, o amor está acima de todas as coisas. Para outros não. Para outros ainda, o amor passa como que despercebido, por fraqueza ou por distração.
O meu futuro assemelha-se a um retalho. Começa por ser pequeno. Vai crescendo à medida que lhe vou juntando outros, sendo que o produto final será um grande manto. O manto será o meu porto seguro, a segurança e estabilidade, que todo o ser humano ambiciona. Abrange o aspecto emocional e profissional.
Os retalhos são então os nossos desafios/oportunidades. Eu cá sou de costurar muito bem os reforços que irão sustentar, no futuro, todos os meus retalhos. Faço-o com linhas fortes e de boa qualidade: linhas que correspondem à nossa dedicação. A linha tem a função de se entrelaçar e unir todas as nossas oportunidades. Faço questão de coser todos os retalhos com muito ímpeto, mas também com muita cautela.
O segredo é estar bem atento, viver a vida e fazer muitos muitos arranjos de costura!
