Filemon Souza
LIBERDADE
Espero por ti
te quero sempre aqui comigo
quando sinto a tua falta:grito
ao te possuir quero mais estar em ti
tu estais em meus pensamentos
faz-me superar qualquer sentimento
escrevo teu nome
quero teu nome
e nunca é demais
quero sempre mais
tu é a melhor das minhas embriaguez
é por ti que me embriago
são teus os melhores afagos
de você eu quero um gole
um de cada vez
pra viver eternamente nesta embriaguez
por você eu brigo
és a causa de tanta guerra
mas com você eu tenho paz
o teu desejo é que me cega
não me deixa aqui sozinho
quero que seja sempre minha
já mais te deixarei sozinha
e se partires constantemente irei gritar
a teu nome chamar: LIBERDADE!
PÉTALA MALVADA
Bom dia pétala,
por quê estais apressada?
Evite pressa, pra não ficar estressada
com uma cara de malvada um tanto assombrada
não fique assustada com medo de mim
você me conhece sabe que sou assim
sempre observando e muito calado
mas, você desse jeito me deixa assustado
com medo de mim
quero ser apenas teu amigo
claro, se não ficares comigo
não fique zangada
não teria porque
todos querem você
pra ser minha namorada
pétala malvada
procuro você e não sei cadê
onde estais minha amada?
Não fique em burrada
pra não ser mal amada.
MUNDO MUDO: PASSO E CALO
tudo passa num só passo
a cada passo muito passa
mundo mudo que não mudo
sozinho e mudo não mudo o mundo
a cada passo um calo
e, é sempre no pé mais um calo
enquanto me calo
no mundo, todos falam e eu me calo
o mundo não para e quando ando crio calo
mundo penso que não penso
penso é o que o mundo precisa
o que o mundo precisa eu penso
e de pensar sei que é de penso
que necessita pra se curar
tudo passa enquanto você nada
o mundo mudo não é nada
e, eu passo num só passo
enquanto passo me calo
e quando paro estou cheio de calo
NADA CERTO
Não vivo num deserto
não moro num campo minado
não falo que estou certo
não digo que sou errado
sim, sei aonde estou
sim, aqui vou continuar
sim, lembrei: não sei pra onde vou
sim, mas, não pense que irei parar
talvez, eu vá a pé meu caminho trilhar
talvez, não chegue a nenhum lugar
talvez, irei pra longe ou ficarei aqui perto
talvez, tu seja besta enquanto sou esperto
se nada der certo vou descumprir as normas
vou colocar as mochilas nas costas
não chegarei a lugar nenhum
chegarei a algum lugar que não seja lugar algum.
Sim, não e talvez foi o que eu sempre escutei
sim, pois isso precisa mudar
não, porque só eu despertei
talvez, tu agora vá despertar
sim, não e talvez felizmente já cansei
e quero te despertar pra isso juntos mudar.
RAPARIGA é o teu nome
Rapariga é o teu nome
Me diz que sou teu homem
Não vou te procurar
Nem quero saber onde está
Teu nome é rapariga
O meu é vagabundo
Não te levo nessa vida
Tu não cabe no meu mundo
Uma rapariga
Um copo de batida
Uma dose de montila
Antes da tua partida, dessa vida corrigida
Raperiga expressiva
Comnunicativa
As vezes; introspectiva
Outras; corrosiva
Nada mais que uma rapariga
Um Amor De RapArIgA
Por quê negaste o amor?
Por quê quisete?
Por quê setiste?
Por quê mentiste?
Por quê falaste o que eu não queria ouvir?
Por quê fiseste e deixaste eu tocar as suas vestes, tirar as suas vestes?
Eu calei,mas, não foi só por calar.
Eu falei, mas, não foi só por falar.
Eu gritei, mas, não foi só por gritar.
Eu desejei, não apenas por desejar.
Você negou
Você quis
Você sentiu
Você mentiu
Fala, mas, não sabe o quê
Faz, mas, não sabe porquê
É, mesmo não sabendo ser
Quer, ms, não sabe me querer
Você também cala
Você também fala
Você também grita
Você também deseja; o meu nome, o meu corpo, minha voz onde quer que eu esteja.
Uma vida arrependida
Uma vida não vivida
Uma relação interropida
Um amor de rapariga .
Tempo não te quero
Tempo pra quê te quero,
Tempo pra que te espero,
Tempo não te venero,
Tempo és apenas mero.
Tempo que vai,
Tempo que não vai,
Tempo que vem,
Tempo que não vêm.
Tempo que decide,
Tempo que define,
Tempo que distingue,
Tempo que reprime.
Tempo quero,
Tempo espero,
Tempo venero,
Tempo mero.
Tempo vai,
Tempo vem,
Eu sem ninguém, apenas alguém, e os anjos dizem amém.
E depois; o tempo!
Depois de um tempo em que:
Me excluí,
Me reprimi,
Algo muda em mim!
Longe e fora do cansaço, do embaraço,
Mudei meus passos, cortei os laços.
Depois de algum tempo que me livrei do embaraço;
Que cortei os laços,
Num passo encontro os teus passos, voltamos aos contatos, agora estamos mudados, estamos em diferentes espaços.
Depois de um tempo,
Camisa de Vênus, um dia pelo menos de espumas ao vento, naquele momento caricia contendo fomos um só, mesmo sacramentos rompendo; juntos tivemos.
Teu cheiro mudou, mas, aqui ficou!
Sozinha você não ficou enquanto que só; ainda estou!
Mas, tudo mudou;
O tempo passou e vivemos mais um momento depois de algum tempo.
Não esqueço
Linda, meiga, pequena menina
Há tanto tempo que o nosso tempo não é mais o mesmo tempo;
Há tanto tempo não te vejo,
Não te cortejo,
Não te conheço,
Mas, não esqueço.
Os dias,
As horas,
Os minutos,
Os segundos,
Na praia, na praça, no ônibus, nos sonhos em que fostes minha linda, meiga, pequena menina; não esqueço!
Sinto o quanto te mereço e, sempre que de você me lembro:
Esqueço dos tropeços, dos avessos.
Pra ti escrevo mais alguns versos, pois, como te guardo você lhes guarda.
Deles até sente saudade, como eu sinto de ti.
Antes nada me levaria hoje; só você me leva; daqui, pra li, pra qui.
Um Amor pra Dois pra Depois
Foi mais rápido que um relâmpago
Como uma corrida ou uma vida perseguida
Poso está aqui, ali ou lá, em qualquer lugar
Onde quer que eu esteja você estará
Foi veloz e, deixou uma vida corrompida, corrupio, carrapeta colorida
Feito vento, vento que vai e volta que gira que grita
Que levanta a terá do chão balança as árvores e me balança
Leva-me, cega-me com a poeira nos olhos que me impede de enxergar a frente
Vem-me a lembrança de ter me feito contente
No meio de toda essa gente que não sabe o que quer
Uma menina mulher passou por mim e ficou
Preencheu todos os espaços e quis dizer já vou
Ela não era daqui, já ia mesmo voltar
À distância, a militância na constância de um sentimento
Não dava pra continuar, se o amanhã não fosse tão distante
E, o hoje não nos separasse esse rapaz se contentasse
Você se foi, sem saber o que dizer me disse tchau
Deu-me algo que não foi um beijo, nem mesmo toquei sua pele
Não era carnal, um quase amor interrompido, mas, natural
Foi mais rápido que a neblina
Foi bom natural e intenso
Seu beijo suas palavras ainda me alucinam
Ao lembrar-se de você meus pensamentos vacilam
As minhas certezas tornam-me incerto, deserto, descoberto
Mais perto do que está longe, distante
Além do alcance da minha vista
Dos meus compromissos dos meus desejos
Triste partida bem pior que uma batida, interrompida pelo silêncio
O medo inimigo meu adversário teu
Quando se cruzarem os olhares desfará tudo que a vida fez
E certamente será refeito e tudo que aconteceu
Na hora errada, no momento errado foi imperfeito
Posto numa moldura tudo ficará perfeito
Não, ao contrário não irei acreditar na perfeição
Coração quebrado não cola mais prefiro me sentir incapaz
Um rapaz impossibilitado de ter o que deseja abandonando a emoção
Vivendo a realidade do tempo no tempo inesperado
Que lhe faz não saber agir, não saber mentir
E num encontro tudo se desencontra
Pesamos os prós e os contra.
RABISCANDO
Sem ter o que fazer ou pra onde ir
para o tempo preencher e, a um espaço chegar
começo a rabiscar sem saber no que vai dá
nem se vai me levar a algum lugar
um traço pra qui, outro pra li e vou ficando por aqui
sem ter aonde ir
aquela pessoa, aquele lugar
fazendo sempre alguma coisa por não ter o que fazer
no mesmo espaço o tempo todo por não querer mudar
o medo de perder, o medo de esquecer
ela fica ali tentando esquecer
vou rabiscando e por aqui ficando
mesmo não tendo medo de fugir
fico por aqui
as coisas vão mudando, o mundo se alterando
e, eu aqui continuando
não se apresse não, a felicidade tá chegando
e, eu já vou daqui
vou rabiscando.
pétalas apenas
Pétalas que dormem enquanto estou acordado
Que não mudam enquanto estou mudado
Que não se desesperam quando estou desesperado
Que não se alteram quando estou alterado
São apenas pétalas
Pétalas que falam
Pétalas que calam
Pétalas que querem
Que ferem
Que sentem
Que mentem
São apenas pétalas
Pétalas brancas
Pétalas negras
Pétalas vermelhas
Pétalas azuis
Apenas pétalas
tivemos tempo
Tempo tipo,
Tempo tido,
Tempo todo,
Tempo tudo,
Tido todo tempo todo tipo
Tido tudo o tempo todo
Tudo é tempo tudo é tipo
Tempo teve
Tempo tive
Tempo terá
Tempo terei
Tempo teve e terá
Tempo tive e terei
O tempo que perderá é o tempo que não perderei.
Não esqueço
Linda, meiga, pequena menina
Há tanto tempo que o nosso tempo não é mais o mesmo tempo;
Há tanto tempo não te vejo,
Não te cortejo,
Não te conheço,
Mas, não esqueço.
Os dias,
As horas,
Os minutos,
Os segundos,
Na praia, na praça, no ônibus, nos sonhos em que fostes minha linda, meiga, pequena menina; não esqueço!
Sinto o quanto te mereço e, sempre que de você me lembro:
Esqueço dos tropeços, dos avessos.
Pra ti escrevo mais alguns versos, pois, como te guardo você lhes guarda.
Deles até sente saudade, como eu sinto de ti.
Antes nada me levaria hoje; só você me leva; daqui, pra li, praqui.
Desisto logo; esqueço!
Desisto logo; esqueço!
Sempre acabo desistindo;
Pra quê continuar insistindo?
Se quando digo que vou conseguir sei que estou mentindo, então; desisto!
Resisto e mais uma vez tudo se repete,
Alguém esquece achando que um olhar merece e meu corpo padece.
Você falou,
Preferi não ouvir,
Você explicava por decisão eu não me concentrava,
Você passou, preferi o rosto virar pra você não olhar e muito menos com você falar pois, o teu falar, o teu olhar, pode reviver o que é melhor morrer, o que não posso ter.
Dividimos o mesmo espaço e ele era tão pequeno aos meus olhos; você, eu e algumas outras pessoas aos meus olhos: só você!
Nem mesmo eu estava lá.
Derrepente, num longo e largo corredor um a descer outro a subir um a querer e a mentir o outro apenas a subir
Eu a descer pra antes de ter; esquecer, você!