Fernando Salomão
O reencontro do meu amor
Andava vagando
Pra sucumbir meu vazio,
Carregando nuvens de pensamentos,
Algumas claras como algodão
Outras escuras de tormento,
Quando me deparei com você,
Eterna musa dos meus olhos,
Reconheci todo esse encanto de ser.
Não acreditava no que via,
Apenas sentia meu coração responder,
É ela mesma, ele dizia,
A mesma que nos deixou um dia,
Que naquela outra vida,
Jurou que jamais nos esqueceria,
E que voltaríamos a nos encontrar um dia.
Não dei razão ao coração
E segui minha jornada,
O coração ficou murcho, desprezado,
Choroso, dolorido.
Após dias de caminhada
Não mais sentia a dor,
Ri dele por ser tão inocente,
E acreditar nessas coisas de amor.
Quando não mais que derrepente,
Olhei para trás e vi,
Estava ali parada à minha frente,
O motivo da ausência da dor.
Era ela novamente,
Que seguira minhas passadas,
Veio até mim e falou:
Sou eu mesma meu amor,
Aquela que em outra vida jurou
Que nunca te esqueceria,
Que novamente te encontraria.
Vim dessa vez para ficar,
Nunca mais irei embora,
Seja para onde for,
Só irei com você agora.
Meu coração ficou choroso novamente
E derramou-me lágrimas nos olhos,
Mas dessa vez era diferente,
Não eram lágrimas de partida,
Eram lágrimas de vida.
Abracei-a forte,
Senti que não era um sonho,
Sua imagem nunca saíra dos meus olhos,
Nem as lembranças do meu pensamento,
Tampouco o amor do meu coração.
Era ela realmente,
Havia cumprido o que jurou,
Daí pra frente,
A solidão me deixou.
Continuarei seguindo a estrada,
Porém agora de mãos dadas,
Com o meu eterno amor.