Fernando Peltier
2. Viver é ser constante e contagiante! É deixar fluir a energia do coração a cada instante esfuziante de emoção.
MISTURA RECOMENDADA...
Amor & Sensibilidade - Inteligência & Arte, com ou sem traço de união (hífen), posto quê, já se buscam, se encontram, logo se acham, se unem e entrelaçadamente se encaixam!...
CABIMENTOS DESCABIDOS!
Não caibo
Não faço sentido
Não significo
Como voz
Aos surdos ouvidos
O que passou sucumbiu
O que sobra já fenece
O futuro a Deus pertence
E eu gosto de brincar de Deus...
Os idiotas, os imbecis
Estão a postos nos seus portos
Sou um sem poder
Deposto, mas, disposto
Ao que der e vier...
NASCER... CRESCER... MORRER... RENASCER PRA VENCER!
(Interagindo com a poesia de Vera Jacobina NASCER, CRESCER, MORRER...)
É mesmo assim e quando me refiro a morte é nesse sentido... Sem temê-la por tê-la como referência óbvia da vida. Morrer é o mesmo mistério que temos em relação a Deus. A gente nada sabe, mas sabe com certeza que ambos existem. Agora, a gente morre, inclusive, todo dia e renascemos em plena vida, diariamente - a cada derrota ou adiamento das soluções dos nossos problemas, assim como um treinamento cotidiano para encararmos a própria morte, que afinal, não deixa de ser a grande solução! "Quando não há mais nada a se fazer..." Tudo já ter-se-á sido feito, porque:
"Quem não tem mais nada a perder, só vai poder ganhar!" (Vinícius de Moraes / Edu Lobo)
Dizem que eu sou tipo erudito,
mas eu não passo de um penico,
que o tempo mal passado
deixou esquecido
(debaixo da cama!
E fiquei enferrujado
por um mijo velho e ardido!
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança...
O homem criou religiões e igrejas aos seus proveitos próprios, econômico-financeiros, verdadeiras colônias de exploração ao seu semelhante mais humilde e indefeso, graça a aculturação e ignorância desses coitados, com o desejo de desenvolver prerrogativas do subjugo e na escravidão de suas almas!
Aos governos, segurança é quantidade de policiais, de viaturas, de armamentário, da força estúpida contra inocentes e indefesos!
Ao povo é a educação e o trabalho.
O trabalho como o fim da fome...
O fim da fome como erradicação da violência. E a Educação, qual condutora à cidadania, responsável pelo amor e à paz!...
O LIVRO...
(Homenagem ao seu dia!)
Sem ele pouco se serve
e se eu não me sirvo,
nada se preserve
à História da Humanidade,
que se dilacera no crivo
de toda banalidade.
Um livro é tudo de incrível.
Sem ele não vivo...
Não tenho horizonte,
põe-se a mão na fronte
à falta medonha do saber.
Sem o saber,
tudo se faz em vergonha...
e põe-se tudo a perder.
É como comer pamonha
achando que é canjica!
Se eu fosse do pleno poder
trocaria a moeda, o dinheiro
por tomos de livros,
a fazer circular o conhecer
por todo o mundo inteiro...
Enfim a paz reinaria...
A natureza até vingaria
na plenitude de cada dia,
e pondo-se fim à tristeza,
dar-se-ia vazão à alegria
com fecundidade à riqueza
e o fim, enfim, da pobreza!
O livro – na comédia, na tragédia,
cada página, uma luz
transformada em alegria...
Alegria que seduz tão assaz
a induzir-nos sempre,
a ler-se sempre, muito mais...
SIM, NÃO... SENÃO, SIM!
Dia sim
Num dia assim,
no mesmo é não...
Noutro é não
doutro assim
e é mesmo assim...
É a dinâmica do sim pelo não
em busca, ora de sim,
ora de não...
O verbo é a oração
do sim pelo não
desde que não vença o senão...
Razão de ser de tudo
que se passa ao coração
e perplexidade é um bicho cabeludo...
Diga sim,
não diga não!
Se não, é finita a emoção...
E sem emoção
só se dá bem a razão,
que é a emoção de ser...
Uma razão é uma razão,
uma emoção é uma emoção,
mas há de acasalá-las no coração!
O AMOR SEM PRESSA!
Ao amor inclui-se uma frenética coreografia num incessante sobe e desce, que só cessa quando a força cessa, mas logo tudo recomeça. Tudo isso com os requintes da troca de prazer e sem pressa!
O JOVEM E O VELHO... PENSEM NISSO!...
Novo quer novo,
Velho quer novo,
Velho detesta velho
- Pensem nisso!
Todo mundo assim quer...
O que fazer do velho,
Descartá-lo?...
- Pensem nisso!
Velho não serve pra nada...
Novo vai ser velho
Ou a vida o descartará...
- Pensem nisso!
Se novo que não quer velho,
Vai morrer cedo, ou melhor,
A se descartar de si...
- Pensem nisso!
Se velho não quer velho... Só quer novo,
O que fazer, enfim do velho,
Senão, infelicitar?...
- Pensem nisso!
Sugestão:
Que morram os novos a não envelhecerem...
Que morram os velhos a não mais sofrerem,
A não se incapacitar... A não mais penar!...
- Pensem nisso!
Se houverdes de me perguntar se mudei de crença ou de religião, dizer-vos-ei que não, apenas sou e serei cada vez mais ligado nessa mídia que se chama Bíblia, donde podemos nos comunicar, sobretudo, com Eles: Pai, Filho e Espírito Santo a pedir-lhes que cuide bem de nós e de vós e que minha religião continua sendo a Cristandade!
Nas entrelinhas o amor escancaradamente se esconde e nas retas seguem o caminho... Nas curvas, elas espantam o sono e nas tortuosas dão-se todo encanto!
Nada de complicar
para não me despegar, desavir, desarranjar!...
Se não puder ajudar, prefiro me omitir...
Jamais, mentir!
Muitas vezes precisamos estar sozinho, ensimesmados cada qual com sigo, mas, diante das invasões de privacidade, com quê solidão?
Minha fantasia tem um sol, uma lua, um riacho, uma praia, uma rede, um livro de poesias, alguém muito especial e um fiel cachorro. Um lugarejo de paz e amor, coisa muito simples num plural de singulares desejos.
Num navio, conquanto o do Capitão Gancho ... Da beira da prancha, a maior fraqueza é não se lançar ao mar.
Um dia, antes de morrer, quero fazer e deixar um livro onde encontrem o positivo e algumas explicações para coisas simples, humildes, infantis, verdadeiras e sinceras com uma energia muito forte de quem acreditou e acredita sempre!
O meu limite de permissão é o da minha imaginação.
(Se eu me pegar pensando num absurdo, já estarei me permitindo a esse absurdo!)