Fernanda S. Medeiros
E Assim foram passando as estações e eu também passei. No eterno exercício de estar leve como a folha de uma árvore ao vento, que pode seguir adiante sem apegos. O inverno da nossa alma não dura para sempre. Não há nada que permaneça da mesma maneira no rio da vida. Então segue a vida em meio à alegrias e tristezas, e com o tempo tentamos fazer com que as tristezas não nos afete tanto o coração, junto com a arte de fazer com que as alegrias continuem a nos afetar completamente. E o amor, sim, sempre.
"Mas o que tenho de melhor a oferecer sou eu em minhas mais imperfeitas formas de ser e alguns momentos em que posso ser quase perfeita. "
A intimidade não habita no tempo em que estamos com alguém, assim como quanto alguém nos faz feliz também não, o tempo e o gostar são de universos distintos. Nem todos os planos do mundo podem prever o que um encontro é capaz de realizar na alma e no coração.
Poesias, poesias, poesias, poderiamos então viver assim? Com poesias caindo das árvores como doces frutos, outrora azedos, mas sempre a nos dar a nítida sensação de pertencimento.
Sentir-se vivos, de braços abertos para o céu, livres como pássaros, suaves como folhas ao vento, coloridos como arco-íris e tão breves e refrescantes como chuva fina de verão.
Fernanda.