fernanda probst
Não tenho culpa se meus dias têm nascido completamente coloridos e os outros cismam em querer borrar as cores. Não tenho culpa se meu sorriso é de verdade e acontece por motivos bobos, mas bem especiais.
Não tenho culpa se meus passos são firmes. Não sou perfeita... Eu tropeço e caio de vez em quando, aliás, eu caio muito. Meus olhos... têm brilhado bem diferente ultimamente. E brilham diferente a cada dia... e começo a me preocupar, pois tenho medo da velocidade dessas alterações...
E no meu mundo mais lindo e completo não consigo entender a existência de algumas pessoas. Mas o mundo aqui não é dos mais justos mesmo... compreendo. Mas mesmo assim, eu tenho bastante lápis de cor... empresto pra quem quiser pintar a vida. Mas por favor... não borrem a minha...
Nota: Adaptação de um texto de Fernanda Probst.
Não tenho culpa se meus dias têm nascido completamente coloridos. Simplesmente quando eu acordo decido que quero ser feliz, mas alguns ainda cismam em querer borrar minhas cores. Muito menos tenho culpa se o meu sorriso é verdadeiro, espontâneo e acontece por motivos bobos, mas especiais pra mim.
Não tenho culpa se meus passos nem sempre são firmes. Eu não sou perfeita. Eu tropeço e caio de vez em quando, na verdade, caio bastante e isso não me machuca. Tenho certeza que a cada tombo eu consigo levantar mais forte.
Meus olhos têm tido um brilho bem mudado ultimamente. Eles brilham diferente e intensamente à cada dia e começo a me preocupar. Tenho medo da velocidade dessas alterações.
Na minha melhor concepção de 'mundo completo', não consigo entender a existência de algumas pessoas, apesar disso não me preocupar tanto. O que eu menos consigo entender é o porquê de certas atitudes. Ok. O mundo não é dos mais justos mesmo.
Ainda sim, tenho bastante lápis de cor e várias pessoas com bastante deles também. Pra quem quiser pintar um pouco mais de alegria na vida, até empresto os meus. Empresto. Só, por favor, não tentem borrar os meus dias. Eles estão ótimos pintados da cor que estão.
Eu te acompanho de escanteio. Quero saber da tua vida, quero saber se você está bem e se você ainda sofre de insônias, como vai o emprego novo, se a sorte está pendendo para o seu lado e se te fazem feliz. Me faz feliz te ver feliz. Quero que cuidem de ti com todo o zelo que eu quis cuidar, mas não pude. De fato, você nunca me deu espaço. Eu sufoquei e parti carregando na mala todos os sorrisos roubados, todos os segredos escondidos na cortina dos meus cabelos, todas as músicas de domingo, os seriados antigos, os filmes antigos e velhos hábitos. Eu levei comigo o que era de melhor em mim.