Fernanda Bezerra de Oliveira
“Sem limites, sem freios, sem contorno, sem saída. Um novelo de lã, algo de difícil acesso ao fim. Isso é o que me tornei ou o que sempre fui? Seria minha própria culpa, ou minha culpa me fez assim? Meu limite está no outro, assim como minha culpa, minha carga, minha vida. E isso é sobrecarregar demais alguém. Alguém que não tem culpa nenhuma d’eu ser assim. Onde eu termino e começa você? Eu já não tenho essas respostas, nunca tive, será que algum dia terei? Só o tempo irá dizer.”
"É complicado esse sentir e não sentir, é esse meio-termo que acaba comigo. Prefiro a dor da tristeza à esse marasmo; um sorriso, uma música, uma lembrança. Mas não! O morno insiste em permanecer aqui, dentro de mim. Vai embora! Não te quero mais aqui! E por favor, leva com você toda essa coisa de cor-pastel que paira por essas bandas do meu coração, porque ele tem que pulsar forte, não importa, mas tem que esboçar alguma reação, senão enlouqueço."
"Quero tudo e quero agora! Quero prá ontem e não tem jeito, sou assim mesmo. Se a morte é certa não me cabem as dúvidas, quero tudo intensamente, sem rascunhos, sem limites. Intensa. Tensa. A vida como ela é, ela como eu sou. A ressaca da noite passada já passou e o que passou já não interessa mais. A confusão interna acompanha em perfeita simetria, aquela intensa, tensa, VIDA - que ainda não acabou."