Felipe Coelho

Encontrados 14 pensamentos de Felipe Coelho

- Bálsamos

Seus belos fios de cabelo
empurram o ar permanente
Propagando rosas ao livre
Permito-me, transe, só por sentir.

Pérolas de bálsamos saboreiam o ar
Carregando pelos ares (o vento)
que teus fios foscos empurram.

Do solo arrebato os diamantes, insolentes,
em ti inseridos.

Inserida por FelipeCoelho94

A noite é canto do enfado
Canto das demasias;
É canto nos holofotes da vida.
A noite sangra
E o meu coração também
No devaneio, eu entro e saiu
rápido, logo finda
Isto, acostumei.
A noite também é canto de
desejos
Do deleite
Que ficam na atmosfera do lugar
É canto do desespero e,
canto do silêncio que é bom
E eu vejo os cantos da noite.

Inserida por FelipeCoelho94

- Garota esbelta

Garota esbelta, de curvas perfeitas, meu algoz clama
Teu sorriso na atmosfera resplende
Tua língua junta aos meus lábios tem gosto de vinha;
Das mais maduras uvas, sabor que não cessa.

Meus dedos escorregam na tua pele lisa e nívea
Teus cabelos negro de fumo realçam tua pele, combinam
Teu ato de jogar os cabelos para trás, são tão envolventes,
como a música Je T'aime de Serge Gainsbourg
Teu olhos foscos parecem uma berlinde;
Beijo-os fechados de boa noite.

Tua matéria é um pomar, tua alma fulge
Só não és perfeita, pois se fosse era um fel.
Tu és um orvalho quando sai do mar;
Mulheres e homens contemplam-te.
És um cidreira doce, uma esmeralda,
encontrada nas montanhas de minério raro,
teus seios são dois buquês de rosas;
Cato as pétalas ao dente, uma por uma, sugo-as.

Ó bela moça do meu viver, meu algoz clama!

- Felipe Coelho

- Soneto de lua cheia (completo)

Ó lua linda, ó lua iluminada
Minguante, distante, a contemplar-te
Faço de ti, pranto dos meus
anseios, tudo fulge.

Visão lúcida da escuridão, de
brilho semblante, pálida alvejante;
Estás tu por testemunha, que nesta
madrugada, escrevo agora.

A natureza se manifesta, com ditos brandos;
Ouço uivos, sapos sussurrando
A lamparina ao lado da mesa.

Narciso, tu te faz ao mar, fitando a face
Aqui tudo serve de consolo
Faço jus à tua fala. Ó lua!

Inserida por FelipeCoelho94

- Ao longe

Oh,minha querida, daqui de longe...
Mais de bem longe,
dá pra sentir teu cheiro.
Sinto pelo dedão do pé,
pelos pelos dos braços e,
da cabeça e eles te chamam.
De olhos fechados, teu corpo fica presente,
na carne pele também sente
Irradiando o sentimento à emoção.

Minhas mãos veem o pôr do sol,
lá ao longe...
Mas bem lá ao longe
De forma calma, tua calmaria lembra-me e,
teu jeito doce está presente.

Inserida por FelipeCoelho94

Tira esta birra da cara infezada;
Lava-te o rosto de terno, que dormiu
Erga o nariz para o meio, a me ver
Tira este sorriso de canto de boca e,
põe os dentes pra fora da boca, à rir.
Dorme comigo esta noite e ecoa no meu,
ouvido dizendo, eu te amo;
Que eu ecou no teu ouvido dizendo,
eu te amo também.
Brindai-nós do vinho tinto, de velhas quimeras
Aí fechamos à noite com chave de ouro.

Inserida por FelipeCoelho94

Tudo tem cor;
O nada não tem cor.
Cores diversas,
de tons variados,
de arte com arte.

Até a lágrima tem cor.


Tudo tem cor;
O nada não tem cor.

Inserida por FelipeCoelho94

Não gosto de desperdiçar as palavras;
Gosto de dar-lhes sentido.
Para que elas sirvam ao dizer e não serem ditas em vão.

Inserida por FelipeCoelho94

Rafotáme
Faratáme
Táforame
Merafotá
Fometára
Mefotára
Metáfora

Inserida por FelipeCoelho94

Como uma noite fria, vazia e boêmia;
Passando Rua em Rua sem nomes
Sem endereço de destino
Remoendo meus algozes
Discrente da vida, do mundo
Solitário em meio à imensidão.
À mera o nada
Tudo me faz de desdém.
Solidão pérfida
Inimiga
Árdua, êrmo!
Tem longevidade
E só resta ser ufano.

Inserida por FelipeCoelho94

Arrebol pinta o torso do céu, uma boa noite estar por vir;
Hora do crepúsculo.

Nuvens em neves contida em um só espaço,
como em rebanho, ovelhas pálidas.

A lua crescente à vista mansa
E tuas crinas soltas e bambas, valsando vão.

Fito teu lábio de cidreira doçura
Do coqueiral quê é teu corpo e com o vento samba.

E os cocos flamejam e tombam; quê é hora do teu firmamento, firmando um amor polido e,
tudo que é verdadeiro.

Como orvalho que cheira mato
Como nuvens sem choros carregados
Como aves que batem ás asas sem destino

Inserida por FelipeCoelho94

Beleza exuberante, mulher desejada
Todos queriam como esposa. Jaz um cupido;
Uniram-se, senão por ela, os casais.
Surgiu das espumas do mar ufano
Deusa do amor e da beleza rara era ela,
Afrodite.

Jaz uma flecha lançada,
jaz uma flecha certeira
Mirada em rostos de desdém
Formaram-se casais apaixonados
Deus do amor, Eros, era ele.

Mulher da planta oliveira, dedicada
Coruja era sua ave favorita,
soava cantos nas noites dúbias.
Era uma Deusa sábia e mãe não tinha.
Minerva era ela.

Pescados peixes, variantes
Na relva plena, colocados foram
Reviveram de súbito,
as barbatanas urgiram-se
e no mar de volta, firmaram-se.

Glauco, estupefato ficou
E na relva que estava
Comeu as ervas que juncou.
Peixe virou, caindo ao mar, se deleitou.

Contemplou Sila
Das prediletas ninfas das águas
O Deus do mar, Glauco, virou.

Pediu sua dourada mão cadente
Em seu pleno amor ardente
Mas, Sila no alto do rochedo se esconde.

E morta por monstros horripilantes
Nunca mais se viram
Glauco e sua deslumbrante amante.

Inserida por FelipeCoelho94

Tem dias que não da vontade de levantar da cama. Aí Deus mim mostra os meus motivos...⁠

Inserida por caly_santos