Felipe Azrak
Frequentemente, fico maravilhado com quão facilmente as pessoas podem ser substituídas em nossas vidas. Ela costumava me amar com uma intensidade que me fazia acreditar que éramos destinados a passar o resto de nossas vidas juntos. Ela assava bolos com amor e me surpreendia com presentes que aqueciam meu coração. Mas, por algum motivo obscuro, decidi pôr um fim a tudo isso. O medo de me entregar completamente ao amor começou a me consumir, o receio de nunca conseguir tirá-la dos meus pensamentos se transformou em uma angústia insuportável. E assim, tomei a decisão cruel de terminar tud
Agora, a saudade é minha única companhia constante, um lembrete constante de como a minha insegurança me fez cometer uma atrocidade contra o coração dela. Sinto a falta dela, sim, mas prefiro essa dor silenciosa à possibilidade de ter meu coração partido novamente. Talvez seja tarde demais para reverter o que fiz, para reconstruir o que quebrei. E talvez, no fundo, eu saiba que é melhor assim.
Aceitei meu destino de viver uma vida solitária e desprovida do calor do amor. É uma tristeza que permeia cada parte do meu ser, mas é a realidade que escolhi. A solidão se tornou minha companheira constante, o eco vazio de um coração que teme o amor e a dor que ele traz.