Fee Andrades
Já fazia um tempo que eu não escrevia, aliás um tempo que desisti de escrever.
Se tornou tã pacato, poemas tão repetitivos, poemas tão só pra você.
Acabei deixando papéis de lado, perdendo canetas, e por alguns momentos esqueci você.
Era uma paz que durava pouco, durava até eu terminar o poema eu até eu te ver.
E eu só pensava que um dia você leria, e saberia o que eu sentia.
Agora que ja sabe, e sabe que eu sei que não se importa, fis esse poema pensando ser ele uma porta que vou sair e nunca mais voltar.
Não posso dizer que durou pouco, foram muitos anos te amando, e agora que está acabando sinto falta de te amar.
Começou cedo demais, durou tempo demais, foi um sentimento extremo, que eu pensava ser imortal.
E nesse último poema, que eu faço pra você, queria falar das marcas, das cicatrizes, e do sentimento, que nunca mais será igual.
Eu odeio ter que te olhar, e fingir que não te vi...
Odeio seu cabelo, e odeio seu orgulho infantil...
Eu deio ser ignorada, mas odeio mais ainda
você dizendo que não me ignora...
Odeio ter te conhecido,mas odeio mais ainda ter me apaixonado...
Odeio seu gosto e estilo, mas adoro seu perfume.
Odeio sua indecisão, mas odeio mais ainda ter ue te pressionar para que se decida...
Eu odeio perceber que os dias passam e eu não
tenho você aqui, mas odeio mais ainda
ter que fingir que voçê não me faz fata...
Enfim odeio não ser sua, mas odeio mais ainda
querer que você seja meu...
O amor existe, mas pra mim é um sentimento como outro qualquer, a partir do momento que você me fez provar a mim mesma que é possível matá-lo.
Meu coração agora chora...
Ele não apenas chora, ele berra!
Grita por você, grita por nós dois.
Onde você está?
Você que é tão importante pra mim,
Você que me fez esquecer tudo,
Você que me fez só pensar em você.
Agora você some!
Me deixa apenas com uma lágrima,
Que escorre quente e silenciosa
Dos meus olhos tristes e cansados...
De tanto chorar.
Onde você está?
Esta pergunta ecoa dentro do meu coração vazio,
Vazio está, pois era seu, não pertencia mais a mim.
E agora ele grita! Ele chora!
CHEGA!
Poemas idiotas, poemas que faço só pra você,
Eles não servem, pra nada,
Contêm meus sentimentos, meus medos, minhas lágrimas,
Pra você contém apenas palavras...
Não prometo deixar de escrever,
Prometo a mim mesma não mais escrever pra você,
Sofrer por você, chorar por você.
Esse poema agora tem lágrimas, cinzas de cigarro e promessas!
As lágrimas secarão! Secarão do papel, e nunca mais cairão,
Por você ou por pessoa alguma, a partir de hoje tudo muda...
A partir de hoje não tenho coração!
E assim, a seco, posso prometer não mais amar ninguém,
Eu posso conviver sem o amor
Pois afinal, ele nunca me fez bem.
Posso conviver sem o amor, posso viver sem você!
Não vou mais correr atrás da felicidade,
E foda-se o sonho de poder rir um riso verdadeiro.
Eu agora não me preocupo com mais nada, com mais ninguém.
E será assim!
Uma vida feliz?
Quem sabe um dia...
Mas apenas se for possível ser feliz sem o amor!
Abro os olhos e vejo você,
Os fecho, continuo te vendo!
Nessas horas como fingir que não ligo,
Nessas horas como fingir que estou bem.
Cada vez se aproxima mais,
Eu juro que queria correr!
Atravesso a rua, olho para o outro lado...
Pouco a pouco meus olhos me traem,
Quando percebo estou te olhando...
Já parei de disfarçar, parei de caminhar...
Agora eu só olho!
Como posso te amar tanto, como posso querer tanto,
Que você esteja comigo?!
Eu não ligo que você esteja com ela,
Aliás, nem percebo sua presença,
Eu apenas olho!
Olho pra você, vejo seu sorriso,
Sua boca, seus olhos, sua mão...
Segurando a dela...
Pra mim você é tão perfeito,
Pra mim não tem nenhum defeito.
Vou deixando o sentimento tomar conta,
E, ao te ver me sinto de mãos atadas, sem ar, sem fuga.
Não quero mais fingir, fugir, me esconder,
Preciso ao menos te ver, já que não posso te ter.
E assim vou sufocando esse amor,
Te vejo, te sigo, faço o impossível apenas pra te ver sorrir,
Mesmo que eu veja você sorrindo pra ela,
Assim eu vejo que é feliz,
Mesmo que não seja comigo,
Saber que está feliz já basta!