Fátima Braz

Encontrados 10 pensamentos de Fátima Braz

⁠Meu País

Brasil
De gente fina e traquina
Que ecoa nas vozes
Ecoadas dos becos, ruelas
E favelas

E em meio a tantas trevas
Que desvela a cela para
A massa
Nas arruaças e
Devassas trapaças dos
Autárquicos
Com estilhaços
Extravasa a mórbida ilusão dum povo sonhador
De vê um dia o meu País na diretriz da democracia
Assim é o meu País.

⁠Vidas Extraviadas

Vidas extraviadas
Nas correntezas das muitas águas
Homens, mulheres,
Meninos,meninas,
Crianças,vão-se aos milhares

Ofuscando ao mundo as trevas imbuídas
E negados, partem em oculto

E o mundo? Esse, já muito dantes
É o palco aberto dos imigrantes
Vidas extraviadas.

⁠Vida que segue

Segue-se oh, vida
Como um leme a remar
Ah! Quem me dera outrora
Voltar e pegar um novo leme

Segue-me oh! vida
Ancorada na brisa do orvalho matinal
Então saberei que todo o mal
Achava-se tal
Quebrantou-se como um velho leme.

⁠Era uma tarde de domingo
O dia em que ela se despiu
Das emoções

Era uma tarde de domingo
O dia em que ficou implícita
As intenções

Era uma tarde de domingo
Apenas uma tarde de domingo.

⁠Saudade
A saudade ecoa no silêncio
Do não dito
Do desejo em estar ao seu lado,querido!

A saudade implora
De forma dolorosa
Nos momentos que vivemos juntos

A saudade surge numa tarde fria
Numa fúria louca pela sua boca
No seu cheiro lisonjeiro
Que impetra minhas entranhas

Enquanto não a posso matá- la
Ela me devasta
Como uma forma nefasta
E de tanto amar você não me mata


⁠Minha poesia não é fria
Tampouco submissa as suas vontades
E assim vou vivendo
Enquanto o instante se reencontra.

⁠Tríade Particípe

Encare a tríade particípe
Com resiliência, paciência
Na vivência para uns
Tão fugaz
Tão voraz!

Morte, tempo, amor
Não necessita de rimas
Independe do seu querer

O tempo oscila
E você que lê esses versos
Transfigure-o numa perspectiva de processos

Para quê?
O porquê?
Para compreender
Que o amor se abstrai na memória
Na sua própria história
De fracassos e vitórias
Tristezas e alegrias


No tempo que lhe resta
Inverta a ordem
Amor
Tempo
Morte
Repleto de amor
Até que a morte chegue e a seu tempo
A faça morrer de amor.

⁠Amor com amor

Amor com amor, Roma
Quem dera tivéssemos
Nos descoberto em Roma

Europa?
Flutuando nos versos
Recordando o nosso amor
Reconheço que amor com amor dá amor

E Roma?
Fica- nos o doce sonho
Com amor em Roma
Num dia qualquer.

⁠Quem sabe

Quem sabe as praças terão
A paz que transborda
O anseio de um coração

Quem sabe a vida renasça
Nas quatro estações
E um dia o que surge
Como guerra, cinzas
Tormenta
Será a mais infinda paz
Quem sabe!

⁠Inquietude

Inquietude
Vicissitude
Que turbilhão
Corre nas veias
De encontro ao coração

Coração que teima em
Bater ao te vê, ao te olhar
Olhar que me faz sonhar

Reviver a cada amanhecer
Amanhecer
Milagre de Deus que me refaz e é capaz de tamanha inquietude com amiúde
Para declarar em versos irradiantes de amor
Que é assim que o amo!