FANTI MC

Encontrados 8 pensamentos de FANTI MC

⁠**Melancolia Silente**

Há dias em que o mundo parece parar,
Como se o tempo fosse feito de sombra.
A luz do sol não consegue clarear,
E a alma se perde na noite que assombra.
O peso invisível nos prende ao chão,
Passos lentos, quase sem direção.
Lembranças vêm como ondas do mar,
Tragando o agora, deixando escuridão.
No silêncio, ouvimos o eco da dor,
Uma melodia triste, mas tão nossa.
Não há quem possa explicar esse amor,
Que carregamos, mesmo quando nos assopra.
Mas nessa tristeza também há beleza,
Um convite ao fundo de quem se é.
Pois quem conhece a melancolia e a reza,
Descobre que a vida é mais do que se vê.
A lágrima cai, mas também faz brotar,
Uma flor singela, um novo olhar.

Inserida por RapperFanti

⁠**Força e Caminho**

No topo da montanha, o vento sopra,
Dizendo verdades que a vida ensina.
"Deus morreu", falou um homem à sombra,
Mas dentro de nós nasce uma luz divina.
Não busque fora o que podes encontrar,
Dentro de ti há força e razão.
Cada queda é pra aprender a voar,
Cada dor traz nova direção.
Seja quem dança sob seu próprio céu,
Quem faz seu caminho sem medo de errar.
O peso da vida? Carregue com zelo,
Pois só assim pode-se transformar.
Olhe pra frente, siga teu chão,
A vida é feita no ir e vir.
Não temas o abismo nem a solidão,
Pois quem enfrenta aprende a surgir.

Inserida por RapperFanti

1.
Ela tinha olhos que carregavam o peso do mundo,
como se o sofrimento alheio fosse seu destino.
Falava baixo, mas sua voz perfurava,
cada palavra parecia confessar um crime invisível.

Ela amava como quem expia uma culpa,
e odiava com a mesma intensidade.
Nos gestos, havia uma busca constante,
uma sede que o tempo jamais saciaria.

Ela não era santa nem demônio,
mas algo entre os dois:
uma alma queimada pela própria luz,
vagando entre as sombras.

2.
A mulher sentada no canto da sala
era um labirinto sem saída.
Cada ruga no rosto era uma estrada,
cada sorriso, uma armadilha.

Ela me olhava como se soubesse
todas as verdades que eu queria esconder.
E, mesmo assim, seu olhar não era de julgamento,
mas de piedade.

“Você não entende,” disse ela,
“as mulheres carregam o fardo da humanidade.
Enquanto vocês se perdem na glória ou na desgraça,
nós suportamos o silêncio.”

3.
Ela rezava todas as noites,
mas suas preces não eram de fé.
Eram súplicas desesperadas,
gritos abafados de uma alma cansada.

Os ícones na parede testemunhavam sua luta,
mas nunca respondiam.
Ela era Maria e Eva ao mesmo tempo:
mãe da dor, cúmplice do pecado.

E, no fundo, sabia que a redenção
nunca chegaria para almas como a dela.
Ainda assim, rezava.
Porque o silêncio seria pior.

4.
Ela era a personificação do dilema,
uma luta constante entre a virtude e o desejo.
A fragilidade do corpo contrastava
com a força do espírito.

Em suas mãos, a bondade parecia cruel,
e o amor era sempre um fardo.
“Não há alegria sem dor,” disse ela,
“e talvez nem a dor seja verdadeira.”

Eu tentei amá-la, mas era inútil.
Ela pertencia a um mundo
onde o amor era sempre uma tragédia,
nunca uma bênção.

5.
Havia algo de eterno nela,
como se seu rosto fosse uma lembrança
de todos os sonhos que nunca realizei.
Mas o eterno, percebi, também cansa.

Ela falava em enigmas,
como quem carrega a sabedoria
de vidas que nunca viveu.
Mas seu riso era uma mentira.

No fundo, ela queria ser mortal,
queria sentir o peso das escolhas comuns.
Mas o destino nunca foi justo com mulheres como ela.
Então, ela continuava sorrindo.

Inserida por RapperFanti

⁠CAPOEIRA

Na roda o berimbau entoa,
um canto forte, cheio de axé,
e os corpos bailam, giram e voam,
num jogo vivo, de corpo e fé.

A ginga leve, o corpo atento,
a dança-luta, cheia de cor,
um golpe firme, no contratempo,
é o balanço, é ritmo e amor.
No chão da roda, a alma se expressa,
capoeira é arte, é tradição,
herança viva, força que avança,
raiz profunda do nosso chão.
Da senzala à liberdade,
seus passos contam o que ficou,
capoeira, dança de saudade,
de um povo forte que se libertou.

Inserida por RapperFanti

⁠SOL E CHUVA

No horizonte, o sol se ergue,
seus raios dançam sobre a terra,
a vida desperta, cores se intensificam.
Mas a chuva, em sua sabedoria,
desce suave, alimenta as raízes,
traz frescor, renova o ar.
Doce contraste entre luz e sombra,
um abraço de opostos,
onde a vida se equilibra,
e a esperança floresce em cada gota.

Inserida por RapperFanti

GUERRA

⁠Eles querem guerra,
como quem busca um espelho,
procurando no caos o reflexo de si mesmos.

Querem o ruído das explosões
para calar as vozes que insistem em ser.

Eles erguem bandeiras
e as cravam em terras alheias,
como se o mundo fosse uma mesa vazia
esperando pelo banquete do poder.

Mas esquecem que o solo sangra,
que a terra se parte e os corpos caem.

Na ânsia de conquistar,
eles destroem
sem ver que no fim,
o que resta é silêncio
e cinzas.

Inserida por RapperFanti

⁠**Meta: O Espelho Quebrado**

No vale do silício, ergue-se um trono,
Meta, império de luz e de ilusão.
Promessas de conexão, um mundo sem fronteiras,
Mas nas sombras, escondem-se outras maneiras.
Zuckerberg, o arquiteto, tece sua rede,
Com algoritmos frios, controla a fé.
"Comunidade" é o lema, mas o lucro é o fim,
Vendem-se sonhos, mas roubam-se assim.
Dados viram moeda, privacidade, um mito,
No labirinto digital, perdemos o grito.
Anúncios personalizados, manipulação sutil,
A Meta molda mentes, um jogo infantil.
Reels, Stories, Likes, uma dança vazia,
Nos prendem na tela, na fria ironia.
Metaverso, o novo eldorado,
Mas quem paga o preço, fica abandonado.
Trabalhadores queimam-se na fornalha,
Enquanto os lucros sobem, a ética falha.
Moderação falha, discursos de ódio crescem,
E a Meta, impassível, apenas obedece.
Oh, Meta, espelho quebrado da humanidade,
Refletes nossa ganha, nossa vaidade.
Mas por trás do filtro, a verdade aparece:
Um império que cansa, que entristece.
Que futuro construímos nessa tela fria?
Onde a conexão real se esvai e se desvia.
Meta, talvez seja hora de repensar,
Antes que o mundo digital nos faça desmoronar.

Inserida por RapperFanti

⁠**O Monstro que Rouba a Infância: O Celular**

Em um mundo cada vez mais conectado, um monstro silencioso e sedutor tem invadido os lares e roubado algo precioso: a infância das crianças. Esse monstro não tem garras afiadas nem dentes pontiagudos, mas carrega consigo uma tela brilhante e um poder hipnotizante. Ele se disfarça de entretenimento, de companhia, de ferramenta indispensável, mas, na verdade, é um ladrão de tempo, de criatividade e de experiências genuínas.
O celular, esse monstro moderno, promete mundos infinitos ao alcance dos dedos, mas, em troca, exige um preço alto. Ele rouba as risadas despreocupadas das brincadeiras ao ar livre, substituindo-as por horas de isolamento em frente a uma tela. Ele sequestra a imaginação fértil das crianças, que antes criavam castelos com caixas de papelão e histórias com bonecos, e as prende em mundos virtuais pré-fabricados, onde a criatividade é limitada pelos algoritmos.
Enquanto o monstro celular avança, as crianças perdem a capacidade de se maravilhar com o simples. O contato com a natureza, o cheiro da grama molhada, o sabor de uma fruta colhida direto do pé, tudo isso vai sendo substituído por likes, notificações e vídeos curtos que passam rápido demais para deixar qualquer marca significativa. A infância, que deveria ser um tempo de descobertas, de erros e acertos, de aprendizado através do tato e da experiência, está sendo engolida por uma realidade virtual que não permite erros, mas também não permite crescer.
E o pior é que esse monstro não age sozinho. Muitas vezes, somos nós, adultos, que o entregamos de mãos beijadas às crianças, por comodidade, por cansaço, ou até por uma falsa sensação de segurança. Achamos que, com o celular, elas estão entretidas e seguras, mas não percebemos que estamos as deixando à mercê de um ladrão de sonhos.
É preciso reagir. É preciso resgatar a infância das garras desse monstro. Como? Oferecendo alternativas reais, incentivando brincadeiras que estimulem a criatividade, o convívio social e o contato com o mundo ao redor. É preciso ensinar às crianças que a vida não se resume a uma tela, que há um universo inteiro esperando para ser explorado, cheio de cores, texturas, sons e emoções que nenhum celular será capaz de reproduzir.
A infância é um tesouro que não pode ser roubado. E o celular, esse monstro sedutor, precisa ser domado antes que seja tarde demais.

Inserida por RapperFanti