Fanciane Costa
Você me perguntou e hoje resolvi responder. Não! Nem tudo que eu escrevo aqui é para você. Na verdade nada disso aqui foi pensando em ti! Qualquer semelhança é mera coincidência, apenas isso. Escrevo o que me dá na telha, escrevo o que sinto, e se alguma palavra te faz lembrar aquilo que a gente viveu o problema é seu, eu escrevi por mim, não por você!
Sim! Eu te amei muito. Quer sinceridade? Acho que isso foi a única real naquilo tudo, a única coisa que foi de verdade. E esse sentimento eu fiz questão de matar depois daquele telefonema em pleno domingo à noite. Confesso que na hora doeu um pouquinho. Mentira! Na hora doeu muito. Parecia que um terremoto tinha chegado pra ficar na minha vida. Lembro dos dias que eu me perguntava o porquê de tudo aquilo... Me revolto só de pensar nos dias em que eu te ligava e você só me respondia o básico. Seu amor tinha evaporado assim tão rápido ou o quê? Depois vieram os papinhos de sermos só amigos. Amigos também beijam na boca e são apaixonados um pelo outro? Se a resposta fosse sim, tudo bem, eu aceitaria. Mas foi bem nessa época que eu descobri que o mundo não é um conto de fadas e você não era meu príncipe encantado. Hoje agradeço aos deuses por não terem atendido os meus pedidos. Se tu me fizeste feliz? Muito! Mas foi preciso esquecer tudo. Por tudo entende-se esquecer os bons momentos, os sorrisos, olhares, foi preciso esquecer as sextas à noite, os abraços no portão, tive que esquecer um sentimento ainda latente. Eu poderia esperar um outro amor para ‘limpar a casa’, mas preferi eu mesma fazer isso. Varri tudo, tirei toda poeira. Quando o outro amor chegou a casa estava em perfeita ordem, refeita do furacão que foi você .