Fahrenheit 451

Encontrados 24 pensamentos de Fahrenheit 451

Entende agora por que os livros são odiados e temidos? Eles mostram os poros no rosto da vida. Os que vivem no conforto querem apenas rostos com cara de lua de cera, sem poros nem pelos, inexpressivos.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Somos todos fragmentos e obras de história, literatura e direito internacional. (...) E quando nos perguntarem o que estamos fazendo, poderemos dizer: estamos nos lembrando.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Será porque estamos nos divertindo tanto em casa que nos esquecemos do mundo? Será porque somos tão ricos e o resto do mundo tão pobre e simplesmente não damos a mínima para sua pobreza? Tenho ouvido rumores; o mundo está passando fome, mas nós estamos bem alimentados. Será verdade que o mundo trabalha duro enquanto nós brincamos? Será por isso que somos tão odiados? Ouvi rumores sobre ódio, também, esporadicamente ao longo dos anos. Você sabe por quê? Eu não, com certeza que não! Talvez os livros possam nos tirar um pouco dessas trevas. Ao menos poderiam nos impedir de cometer os mesmos malditos erros malucos!

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Se não quiser um homem politicamente infeliz, não lhe dê os dois lados de uma questão para resolver; dê-lhe apenas um. Melhor ainda, não lhe dê nenhum. Deixe que ele se esqueça de que há uma coisa como a guerra. Se o governo é ineficiente, despótico e ávido por impostos, melhor que ele seja tudo isso do que as pessoas se preocuparem com isso. Paz, Montag. Promova concursos em que vençam as pessoas que se lembrarem da letra das canções mais populares ou dos nomes das capitais dos estados ou de quanto foi a safra de milho do ano anterior. Encha as pessoas com dados incombustíveis, entupa-as tanto com “fatos” que elas se sintam empanzinadas, mas absolutamente “brilhantes” quanto a informações. Assim, elas imaginarão que estão pensando, terão uma sensação de movimento sem sair do lugar. E ficarão felizes, porque fatos dessa ordem não mudam. Não as coloque em terreno movediço, como filosofia ou sociologia, com que comparar suas experiências. Aí reside a melancolia. Todo homem capaz de desmontar um telão de tevê e montá-lo novamente, e a maioria consegue, hoje em dia está mais feliz do que qualquer homem que tenta usar a régua de cálculo, medir e comparar o universo, que simplesmente não será medido ou comparado sem que o homem se sinta bestial e solitário.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Queimar era um prazer.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Não estava feliz. Disse as palavras a si mesmo. Admitiu que este era o verdadeiro estado das coisas. Usava sua felicidade como uma máscara e a garota fugira com ela pelo gramado e não havia como ir bater à sua porta para pedi-la de volta.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Não precisamos que nos deixem em paz. Precisamos realmente ser incomodados de vez em quando. Quanto tempo faz que você não é realmente incomodada? Por alguma coisa importante, por alguma coisa real?

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Um livro é uma arma carregada na casa vizinha. Queime-o. Descarregue a arma. Façamos uma brecha no espírito do homem. Quem sabe quem poderia ser alvo do homem lido?

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Encha as pessoas com dados incombustíveis, entupa-as tanto com “fatos” que elas se sintam empanzinadas, mas absolutamente “brilhantes” quanto a informações. Assim, elas imaginarão que estão pensando, terão uma sensação de movimento sem sair do lugar. E ficarão felizes, porque fatos dessa ordem não mudam. Não as coloque em terreno movediço, como filosofia ou sociologia, com que comparar suas experiências. Aí reside a melancolia.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Os livros eram só um tipo de receptáculo onde armazenávamos muitas coisas que receávamos esquecer. Não há neles nada de mágico. A magia está apenas no que os livros dizem, no modo como confeccionavam um traje para nós a partir de retalhos do universo.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Os livros servem para nos lembrar quanto somos estúpidos e tolos.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Acho que você não percebe a importância que você tem, que nós temos, para que o nosso mundo continue feliz como ele é hoje.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Os livros não dizem nada! Nada que se possa ensinar ou em que se possa acreditar. Quando é ficção, é sobre pessoas inexistentes, invenções da imaginação. Caso contrário, é pior: um professor chamando outro de idiota, um filósofo gritando mais alto que seu adversário. Todos eles correndo, apagando as estrelas e extinguindo o sol. Você fica perdido.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Eu me agarrarei firme ao mundo algum dia. Já pus um dedo nele; é um começo.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Durante a próxima semana iremos encontrar muitas pessoas solitárias, tal como no próximo mês e no próximo ano. E quando nos perguntarem o que estamos fazendo, poderemos dizer: estamos nos lembrando. É aí que, no longo prazo, acabaremos vencendo. E algum dia a lembrança será tão intensa que construiremos a maior escavadeira da história e cavaremos o maior túmulo de todos os tempos e nele jogaremos e enterraremos a guerra.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Para tudo há uma estação. Sim. Um tempo para destruir e um tempo para construir. Sim. Um tempo para calar e um tempo para falar. Sim, tudo isso.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Encha seus olhos de admiração. Viva como se fosse cair morto daqui a dez segundos. Veja o mundo. Ele é mais fantástico do que qualquer sonho que se possa produzir nas fábricas.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

Encha seus olhos de admiração. Viva como se fosse cair morto daqui a dez segundos. Veja o mundo. Ele é mais fantástico do que qualquer sonho que se possa produzir nas fábricas. Não peça garantias, não peça segurança, jamais houve semelhante animal. E se houvesse, seria parente do grande bicho-preguiça pendurado de cabeça para baixo numa árvore o dia inteiro, todos os dias, a vida inteira dormindo. Para o inferno com isso. Balance a árvore e derrube o grande bicho-preguiça de bunda no chão.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Dizem que é possível reter o conhecimento que é sussurrado em nossos ouvidos quando estamos dormindo.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Nós resistimos à pequena maré daqueles que querem deixar todo mundo infeliz com teorias e pensamentos contraditórios.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Pensei nos livros. E pela primeira vez percebi que havia um homem por trás de cada um dos livros. Um homem teve de concebê-los. Um homem teve de gastar muito tempo para colocá-los no papel.

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

A vida é imediata, o emprego é que conta, o prazer está por toda parte depois do trabalho. Por que aprender alguma coisa além de apertar botões, acionar interruptores, ajustar parafusos e porcas?

Fahrenheit 451
BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.
Inserida por pensador

Se você esconder sua ignorância, ninguém lhe baterá e você nunca irá aprender.

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BRADBURY, Ray. Fahrenheit 451. São Paulo: Globo, 2012.

"⁠A senhora passou anos a fio trancada aqui em cima como uma desgraçada de uma bela Torre de Babel. Se liberte! As pessoas desses livros nunca viveram"