Fabiana Brenda

Afeto!Talvez seja a palavra que mais preenche o sentimento da necessidade de sentir-se acolhido,protegido,amado,estimado.
Mas como é lastimável quando oferecemos o que há de mais sublime do afeto e em troca recebemos a desafeição,o agradecimento apático,a insensibilidade no semblante,o temor de doar-se e dar inicio ao simpático fluxo da dedicação,da amizade.
É impressionante o poder intimidador que a bondade, a gratidão exerce sobre algumas mentes atrofiadas.Vivemos em um período em que duvidar da intenção dos outros é regra de sobrevivência.Tais,vegetam na superficialidade dos sentimentos,não permitindo cavar com as ferramentas da vida sua essência ,sua substancia interior e assim não destilam com afabilidade sua fragrância.
Se os mergulhadores realizassem seus trabalhos,e pesquisas só na superfície marinha, não iriam descobrir a riqueza que habita nas profundidades dos oceanos,sua diversidade biológica nas entranhas do vasto mar.
Evidentemente, seria ilógico, e utópico crer que vamos ser perenemente afetuosos, amistosos para com tudo e todos.
Mas a questão é que quanto mais nos aprofundarmos em nosso ser,sem hipocrisia,sem medo do ponto de vista alheio, e passarmos a fazermos um tour em nossas emoções e razões para tais,mais iremos nos permitir manifestar virtudes,que até então poderia estar ocultas, e iremos gradativamente polindo o que nos impede de sermos cristalinos ao demonstrarmos o genuíno afeto.