F.Faria
A vida leva-nos por caminhos que por vezes achamos dificeis de enfrentar, não porque o sejam verdadeiramente, mas porque a nossa vontade de caminhar é muito pouca.
Quando andas e não chegas, quando olhas e não vês, quando tocas e não sentes, estás adormecido. Vai dentro de ti, olha-te, toca-te e desperta.
A paixão é como o vento não sopra igual todos os dias, já o amor é como o sol, podemos não o ver todos os dias mas sabemos que ele está lá.
Passamos a nossa vida a investir em tudo o que não é essencial, e esquecemo-nos de investir em nós próprios.
A falta de capacidade de reflexão e de diálogo com nós próprios, é a principal causa do nosso sofrimento.
Se investirmos numa relação a dois como investimos nos bens materiais que adquirimos ao longo da nossa vida.Tudo será diferente.
Temos de nos preparar antecipadamente para as várias transformações do amor ao longo da vida. A maneira como amas aos vinte ou trinta é diferente de quando tens quarenta ou cinquenta, mas se investiste, vais ter o retorno.
Depois de passado o fulgor dos vinte, trinta, temos de ter a capacidade de repor o que vamos perdendo. Perdemos talvez a atracção física que só por si pode despertar o desejo,mas temos o conhecimento,podemos perder a quantidade, mas a qualidade pode ser superior,Perdemos a rapidez, mas ganhamos o tempo,perdemos a fogosidade, mas ganhamos a experiencia e usamo-la para novas descobertas.
Tudo pode ser diferente, mas nem por isso menos extasiante.