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Eu já nem vivo mais
Talvez morri e meu espirito não sei o que faz
O meu corpo anda, mas minha mente parou
Cansou
Desertou
O ar entra pesado, sai sangrado
Porque aqui dentro os órgãos estão todos ensanguentados
De tanto apanhar da realidade
Que faz cada minuto parecer uma eternidade
Doí ficar de olhos abertos
Ver que a morte não é tão ruim assim de perto
É só uma parte do todo
Ou o início do nada
Eles me venderam esperança
A preço do meu tempo
Baixos movimentos
Desentendimentos
Fazem parte da dança
Talvez seja exagero
No fim é só um reflexo no espelho
Metamorfose de gigantes sem amor
Eles guardam rancor
No cofre mais seguro
Para que você deseje ficar no escuro
Não é fácil entender
Que aqui em baixo é ganhar ou perder
Ou mata ou morre
Mas não é sobre tirar vida, é matar a vontade de vencer
Noite ou dia
Tanto faz
A vontade é de ficar na cama
De gritar cada vez mais
Mas quando penso em desistir
Vem o amor
Assim
De um jeito tão fácil
E me faz sorrir
Te iludiram com felicidade, que isso é pra eternidade
Se fudeu, descobriu que a vida é um breu
Acende a luz pra enxergar nessa estrada densa
Ser feliz é sobre momento, sem essa de alegria extensa
A gente se perde nos demônios internos, parece autismo, milhares de vozes, de pensamentos dizendo para, não vai, se deita.
Mas é só você relutando pra encarar a verdade, é a falta de coragem, é o poder do medo. E não é por ser fraco, e por não saber o seu potencial.
Não, não é fácil contornar, é um caminho longo e chato, um tropeço e volta do começo. A solução? Eu não sei, só sei que o solvente é sofrer em vão.