Ezequiel Soares
Ao deitar na minha cama de madeira, com um coxão de espuma e lençóis claros, e travesseiro xadrez, meramente simples não? Mas parece que nesse momento minha mente se abre de tal forma que penso sobre a vida, e tudo o que podemos imaginar passar nela, e até chegar na morte, ao chegar nessa, nao paro, continuo a imaginar e criar todos as possibilidades de vida após a morte. E assim minha mente nao satisfaz por si só, e, se fraguimenta em vários pontos de vista, tais como religioso, científico, cético, maléfico, pessimista, e a parte do ego. Enlouqueço, e me perco em meus próprios pensamentos e idéias. Quando vejo, estou desacreditado até mesmo das minhas maiores convicções. Então, durmo, e quando acordo, por mais incrível que pareça estou lúcido e com minhas idéias e convicções intactas.
Apenas com uma certeza a mais: tenho que trocar essa maldita cama.
Todos sabem que palavras muitas vezes não são satisfatórias, as vezes queremos algo a mais; um sorriso, um abraço, um beijo, ou até mesmo um olhar, uma consideração. Isso tudo obra do nosso ego e da dependência que temos em amar e de ser amado. Como se apenas as pessoas que demonstram amor, dependência mútua e fidelidade, merecessem o nosso amor, quando não damos nem metade daquilo que pedimos. Nossos padrões e critérios, são extremamente inflexiveis quando estes são destinados a outros. Mas tudo é relativo quando são nossas ações que estão sendo julgadas!
Quando julgamos todos de forma igual e inclusive a nós mesmos, nosso ego se dirime e fica muito mais fácil de ser feliz!