Ezequiel Alcântara Soares
A Literatura de Cordel transmite não só o aprendizado, mas também os versos que cada ser humano necessita em seu coração.
Alguns dizem que a sociedade está regredindo, dando passos para trás. Mas será que ela sequer aprendeu caminhar?
Qualquer espécie de poder ou entidade que priva o direito de ir e vir, de livre pensamento crítico e de expressão, confinando o ser e sua essência a uma gaiola social, deve, sem sombra de dúvida, ser extinguido.
Assim como inconscientemente aceitamos a vida, devemos nos esforçar a aceitar a morte. Pois a morte é a certeza de uma incerteza que carregaremos eternamente.
O palhaço é aquele que comete muitas loucuras para que não se perca o sorriso e as lágrimas de alegria de quem ele ama.
Também sou um desses...
Triste ver como as pessoas saciam fácil suas mentes com veneno ao invés do corpo, ora pois, vale mais uma mente brilhante guiando os dispostos a caminhar, mesmo com o corpo padecido, do que uma mente podre que alicia jovens pensamentos a pararem de andar, mesmo com corpos sãos.
O Amor é, em suma, dotado de complexidades. Mas em essência, na substância primordial, é algo puramente simples, que é visto só pelos olhos que o exergam, não em si, mas no bem do outro.
Ser livre é desprender-se das correntes que foram entrelaçadas aos próprios pensamentos. É arrebentá-las por vontade com a força da dúvida que instiga real conhecimento do que é necessário e correto, saindo da noção de livres escolhas que é impregnada nas mentes por aqueles que obtém poder ao controlar todas as involuntárias e voluntárias ações humanas. Mesmo que o mundo enraíze nas mentes caminhos para a vida, devemos ser livres para rever aquilo que sustenta “irrefutáveis” convicções.
Viver em solitude é um bem estar escolhido para si, mas para os que sucumbiram a escolha de viver em solidão passam seus dias e noites em amarguras e tormentos, cheios de vazios de si e dos outros.
É reto que o mundo nos obriga a cair e, muitas das vezes, a nossa única escolha é aceitar a queda...
Para fazer poesia creio que é necessário transcrever o que se sente, pois são os sentimentos que desenvolvem todos os sentidos, realidades interiores e exteriores. A alma poética parte da vontade do sentir.
Romantismo: para os outros um mero exagero, mas para nós, os praticantes do ofício, o grandioso algo que é simplesmente, sublime.
Eis que no amor existe uma grande questão: é necessário sacrificar ou ceder algo que é próprio de si em prol do bem do outro e evolução de sua relação, e assim, vivenciar a verdadeira experiência do que é amar. Mas quem está realmente disposto a ceder pequenos egoísmos ou sacrificar o quê por alguém?