Ernest Renan
Joseph Ernest Renan nasceu em Tréguier (França), em 1823. Frequentou o seminário até os 21 anos, de onde saiu com uma formação religiosa sólida. Porém, deixou de lado a vida eclesiástica ao entrar em crise vocacional.
Interessou-se pelas ciências da natureza e, aos 25 anos, começou a escrever o livro “O Futuro da Ciência”, obra que só foi publicada 40 anos depois. No livro, Renan rejeita todo o sobrenatural, afirmando a certeza de um determinismo universal, levantando a bandeira do positivismo.
Em 1848, foi admitido na agregação de filosofia da Universidade. Substituiu Bersot e foi encarregado de uma missão na Itália, entre 1849 e 1850.
Entrou para a Biblioteca Nacional, em 1851, apresentando sua tese de doutoramento no ano seguinte sobre Averróis e o Averroísmo. Em 1853, tornou-se colaborador de “Revue des Deux Mondes" e "Journal des Débats". Os artigos publicados foram reunidos em seus livros “Études d'histoire religieuse” e “Essais de morale et de critique”.
Foi nomeado professor de hebraico, em 1862, no Collège de France. Porém, seu curso foi suspenso pelo governo de Napoleão III e suprimido até 1870.
Renan foi eleito para a Academia Francesa, em 1878. Em 1884 foi reintegrado na Universidade e passou a ser administrador do Collège de France.
Sua vasta produção passa por ensaios filosóficos como “História Geral das Línguas Semíticas”, traduções como três livros do antigo testamento, “Job”, “o Cântico dos Cânticos” e “Eclesiaste” e obras históricas como “A Igreja Cristã”, “Marco Aurélio” e “A História do Povo de Israel”.
Renan faleceu em 1892.