Erisberto Amaro
Todo final de ano tem o seu roteiro montado, tipo, que 2019 acabe logo, pois 2020 será um ano de vitórias, poxa! Olha só, em dezembro de 2018 o roteiro foi o mesmo, mas infelizmente creio que nem tanta coisa mudou, virou um ciclo vicioso, pois não adianta se passarem os anos ou quantos "janeiros" virão...
O poder de mudar está em nós!
Que não esperemos "Dezembro" pra sentarmos a mesa com a família, visitar um(a) amigo(a), dar um abraço, um aperto de mão, jogar uma conversa fora, cuidar da nossa saúde física e mental, fazer aquela ligação, ajudar àqueles mais necessitados, pois a dor dos nossos semelhantes também é "um tanto nossa".
Não espere Dezembro, o problema não são os anos que findam ou iniciam e sim, nós que não temos a audácia de viver o "agora" como se todo amanhã fosse sempre "Dezembro".
Vejamos bem...
Muitas vezes deixei de viver momentos por esperar que outros momentos viessem a acontecer, sabendo eu que não devemos nos mapear naquilo que não depende definitivamente de nós.
Perdemos pequenos instantes, pequenas alegrias, sorrisos bobos, um saboroso café quente e até mesmo aquela conversa boa.
O mundo atual vivencia uma era podre chamada "cada um por si", a solidariedade é um livro que não se abre mais e o respeito só tem significado no dicionário, não se vendem mais tapetes como antes, pois a grande maioria das pessoas fazem de tapete umas às outras.
Mas, que continuemos a acreditar que até mesmo na próxima esquina a gente possa esbarrar em pessoas maravilhosas, gentis, honestas, simples, carismáticas, pessoas que não medem esforços em oferecer uma mão amiga ou uma pequena palavra de carinho, "palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas seus ecos são verdadeiramente infinitos" já dizia Madre Tereza de Calcutá.
Resumindo, em um mundo onde grande parte julga pela cor. Aprecie o brilho dos olhos, pois eles falam mais do que qualquer língua de lá seus metro e meio.
"Espalhe sempre coisas boas pelos caminhos que passar, afinal, nunca se sabe quantas serão as idas e vindas por estes mesmos caminhos".
Espalhe sempre coisas boas pelos caminhos que passar, afinal, nunca se sabe quantas serão as idas e vindas por estes mesmos caminhos.
Nos bastidores da vida, tudo costuma ser bem diferente.
É no exato momento em que a plateia se faz ausente, que o espetáculo se faz real, recheado de escolhas, erros e consequências.
Eu sei que as coisas não andam bem...
Mas isto vai passar.
O que podemos aprender com tudo isso ?
Primeiramente, que acima de tudo está Deus, somente Ele e diante dEle estamos nós, tão pequenos somos, frente a situações difíceis nada vale ter o bolso cheio e a mente e o coração tão vazio, que o orgulho e o individualismo não convém, sozinhos somos frágeis, mas juntos somos indestrutíveis.
Momentos assim, mostram que não importa classe social, muito menos a cor, que precisamos dar as mãos para sairmos dessa, permitir que corações petrificados sejam lapidados, moldados, transformados, tendo em mente que a dor do outro também é sua, minha, enfim nossa, então não custa nada ajudarmos uns aos outros, espalhar positividade, solidariedade, carinho, compaixão, amor, cuidado, diálogo, atenção, estamos dentro de um cenário em que a saúde deve ser o foco e todo o resto precisa sair um pouco de cena, não é brincadeira, muitas vidas já se foram e famílias foram dilaceradas com isso e nesse cenário ninguém é imune.
Lembrem-se, temos um problema em mãos e uma solução a ser encontrada.
O isolamento é essencial e o amor é indispensável.