Erica Incerte (A Escritorinha)
"Quero te dizer coisas bonitas,
Que não saem mais da minha boca.
Por que minha voz tá tão calada.
É meio que você que me trava.
Quero te dizer coisas ousadas,
Palavras que arrepiam ao pé do ouvido.
Quero te ver de madrugada,
Teu olhar se estendendo no infinito.
Quero saber tua cor de dentro,
Se é colorido ou cinzento.
Quero te saber de cor,
Te amar e desfazer esse nó,
Me enlaçar em você.
Quero saber seus motivos,
Sua fé, sua força,
Sua saudade eu quero ser,
Quando eu ficar longe de você.
Quero ser aquele nome bobo,
Que salta verde ou negrito na sua cabeça.
Quando se fizer a noite calma,
Mas dentro de você for tempestade,
Eu quero ser o seu fantasma,
Que vem carregado de saudade.
Eu quero ser aquele alguém tão bom,
Que seus olhos procuram na cidade.
Quero saber como é tua voz,
Quando ama e chega ao extremo.
Quero arrepiar teus pelos,
Peritar teus poros,
Me recostar em teu peito moreno.
Eu quero amar você de um jeito sereno,
Quero tanto me perder em ti,
Mesmo que seja um só momento."