Eric Fernandes
O outro é aquele que carrega uma vara com uma isca, ele é a nossa marca. E nós? Nós somos a isca. Nós o pescamos...
Quer saber se um time é bom? Olha pro goleiro. Ele é o único homem que enfrenta o time todo. E o melhor jogador? Olha pra bola...
Se queres encontrar liberdade plena, lembra-te. A mesma visão é igual para dentro e para a fora da cela. Um peixe de aquário é capaz de reconhecer um limite invisível, sem ficar transparente. Porque o homem não poderia uma barreira latente?
Mentiras funcionam comigo como a feiura fere a vaidade dos loucos. Quando enganado, inconscientemente eu acabo enganando. Mentir é feio !
Percorrer um caminho além da razão é pegar um atalho perigoso, pois não nos permite desvios. Como consequência, nos encontramos perdidos, e não buscamos o encontro.
''Esconde-se em palavras o que não se pode esconder dentro de nós, mas que esta escondido em nossa presença.''
Na vida, as vezes temos a doce ilusão de que um grande sofrimento possa ser compensado com uma grande felicidade. Não é assim que funciona a morfina, anulando a dor em troca do prazer? Enganando a morte?
As plantas crescem com coragem, por isso para obterem raizes fortes precisam deixar de ser vaidosas, precisam olhar para o sol.
Alguns preferem viver em gaiolas vazias, do que arriscar libertar-se em perder o seu medo. Estão totalmente protegidos em sua covardia.
Sempre fui convencido, mas o desprezo que tenho pelos outros é mera fachada. De fato, me importo tanto com eles que preciso tornar sua vantagem merecida.
A liberdade do amor não consiste em não precisarmos de alguém, como se a pessoa tivesse de depender de nós. Não é a liberdade para livrar-se do outro, mas para sentir-se livre em buscá-lo. É a busca e não o encontro que mantém as pessoas unidas.
O perverso sociopata não é movido pelo valor do interesse, mas pelo valor da conquista. Consequentemente, ele não esta preocupado em ser importante para alguém, mas sim em não precisar ser contrariado em relação a autoridade que tem sobre a importancia de alguém. Deseja controlar e não amar, pois sabe que tendo os outros liberdade para importar-se com ele, ele perde o controle sob sua importância.
O homem que isola suas qualidades comete o erro de isolar nos outros a qualidade deles, tornando-se preso a condição de possibilidade que criou, uma prisão sem grades.
A ignorância é uma benção, a melhor forma de aceitar o desconhecido, o diferente, o anormal, é estando certo de nunca ter conhecimento sobre sua natureza. Disto tenho segurança total, só sei que nada sei, e quem duvidará disso? Não estou certo nem mesmo de estar errado. Enganamos aqueles que desejam nos convencer do engano, para esclarecer-lhes de que enganam a si mesmos.