Eraldo Lisboa

Ela foi-se sem dizer que iria. Nem disse adeus, a importância não se importa.
Dedilho o meu violão sozinho e a música segue.

Carrego em mim o que não cabe nela, o que cabe nela não suporta o que carrego em mim!

Ou o tempo é amigo, ou ele é um carrasco, e vai-te fazer sangrar!

A insistência insiste em querer o que ela quer, sem medo de machucar o que pode ser conquistado com a insistência na paciência.

Junte o nada com o que não existe e siga essa medíocre obra da Solidão.

Compor o quê com a ajuda da mente, se a expiração não chega pra ajudar o pensamento, se não tenho o dom para pensar, e pegar a caneta para escrever aquilo que não tem sentindo.

Seria feliz se a minha cria acreditasse nas minhas criações, assim sigo triste.

O universo não é o verso que está no verso que eu quero inventar, o universo está no verso de outro verso que eu não consigo encontrar.

⁠Muito do pouco, eu ou você não sabe de mim.

⁠Sofro quieto e respondo calado ...

⁠Muito do pouco sabem o Muito que isso importa!

⁠Separado com o coração junto , sozinho mas acompanhado, vazio mas com o coração cheio , largado mas com o coração nidado , pensativo no incerto e curtindo a solidão!