entre todas
Eles são todos estilosos ou bonitos ou legais ou tudo ao mesmo tempo. Mas você quer o outro, ele, aquele lá, mesmo ele ouvindo pagode, mesmo que te digam que ele não te merece e que não é bonito ou certo o bastante pra você. Mesmo que te desafiem com clichês pra você tentar se convencer do impossível. Você quer tanto que isso te consome, você sente a falta dele como num grito mudo, você lembra tanto dele que se esquece de você. Você sente falta de você mesma. Isso não é amor. Amor é outra coisa. Porque amor não dói, amor não mata, amor não aprisiona. Amor salva.
Eu sei que é muita coisa e que não adianta fazer força pra esquecer o que você tem decorado. Mas talvez se você parasse de se sabotar toda vez que dá um passo a frente. Se você enxergasse a si mesma, se você se visse fazendo as coisas que faz. Se você soubesse o quanto é linda e entendesse que todos esses caras podem ser caras iguais ou melhores que ele, e que eles estão loucos por uma primeira chance – quando você só consegue pensar em dar uma segunda pra alguém que não tem a menor ideia do que o amor significa. Talvez, se você se ajudasse, se você tentasse, se parasse de repetir o disco de novo, de novo, de novo, de novo. Se. Talvez você conseguisse ser feliz mais uma vez.