Enéas Carneiro
Enéas Carneiro nasceu em Rio Branco, capital do Acre, no dia 5 de novembro de 1938. Formou-se em Medicina na UNIRIO e na Escola de Saúde do Exército. Exerceu a função de anestesista no Hospital Central do Exército. Especializou-se em Cardiologia. Em 1968 licenciou-se em Matemática e Física. Passou a lecionar preparando alunos para o vestibular.
Em 1989 criou o Partido da Ordem Nacional (PRONA) e lançou sua candidatura à presidência da República. Como não tinha representação no Congresso Nacional e dispunha apenas de duas exposições diárias de 15 segundos no horário eleitoral, fazia seus discursos baseados na lei e na ordem e sempre encerrados com a frase “Meu nome é Enéas”. Até então desconhecido terminou o pleito em 12º lugar entre 21 candidatos.
Em 1994 lançou mais uma vez seu nome à presidência terminando em terceiro lugar, apenas atrás de Fernando Henrique e Luiz Inácio. Em 1998 se candidatou pela terceira vez à presidência. Durante a campanha defendeu a reestatização das empresas privatizadas por Fernando Henrique e a produção da bomba atômica. Ficou em 4º lugar no pleito que reelegeu Fernando Henrique. Em 2000 se candidatou à prefeitura de São Paulo, mas não foi eleito.
Em 2002, Enéas elegeu-se deputado federal por São Paulo com 1,7 milhões de votos, um recorde. Seu partido obteve votos suficientes para através do sistema proporcional eleger mais cinco deputados federais, todos fundadores do PRONA, mesmo com uma votação inexpressiva.
No início de 2006, Enéas passou a enfrentar sérios problemas de saúde. Primeiro uma pneumonia e depois uma leucemia aguda. O tratamento lhe obrigou a tirar a enorme barba. Concorreu à reeleição para a Câmara dos Deputados com um novo bordão: “Com barba ou sem barba, meu nome é Enéas”. O político foi reeleito com 387 mil votos, mas faleceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de maio de 2007.