Emmanuele

Não te darei papéis, não, esses rasgam, esses borram.
Não te darei CDs, não, eles quebram, eles arranham.
Não te darei casacos, não, eles se perdem, eles desbotam.
Irei finalmente te dar os beijos meus.
Deixarei que esses lábios meus, sejam apenas teus.
Esses embalam, esses secam, mas esses ficam.
Não te darei bombons, não te darei, eles acabam, eles derretem.
Não te darei festas, não te darei, elas terminam, elas choram.
Mas sim darei o meu amor, darei, ele não rasga, ele não quebra, ele não acaba, ele é eterno!

Nem o som dos meus fones, cobriram o barulho do nosso silêncio ensurdecedor.

Já não temos a intensidade de antes.
A indiferença paira sobre nós .
-Cadê aquele você que eu conheci?

Essa flor de papel, simboliza nosso amor.
Não murcha,
Não envelhece.
Nem muda com o tempo.

Você me ouve, porém não me escuta.

E se me ama; Ama apenas com palavras.

Você me quer, mas não precisa de mim.

Pare de por vírgula em algo que merece um ponto final.

Eu prefiro ficar cega.
A ver você me deixar, garoto!

Eu que te conhecia tanto, hoje já nem sei quem é você.

Eu mereço a verdade.
Mas você, mente!

Vejo o nosso amor se afastando, e entre nós ficou morando apenas essa saudade. Estou sentindo que aos poucos você vai me perder.

Por nos entregarmos demais, esquecemos de ouvir à razão.

Haverá dias que você, precisará apenas de você.

De novo não.
Me entregar ou simplesmente esquecer?
Esse pensamento paira sobre mim
Não consigo controlar.
Me perco em teus olhos
No teus gestos
E quando vejo ja estou em teus braços
Sendo sua outra vez.

Porque você?
Não foi apenas um beijo, foi mais.
Foi como se nossas almas tivessem se encontrado, se beijado.
Mas não pudi me entregar. Não.
Tive que ser forte, no momento em que o que eu mais queria era ser vulnerável.

Passe o tempo que tiver de passar
Quando você voltar eu vou estar aqui
A mesma de sempre
Com o amor de sempre
E a saudade de sempre.