Emilly Raquel Paulino Fernandes
UMA TENTANTE QUALQUER...
E quantas vezes eu estufei e alisei minha barriga em frente ao espelho?!
Quantas vezes eu chorei ao ver aquele comercial que diz: “quando nasce um bebê nasce também uma mãe”?!
Quantas vezes eu senti enjôo, uma tontura, uma cólica e pensei “ que seja meu bebê dessa vez”?!
Quantas vezes eu fiz o teste e disse “ só vou olhar daqui a pouco” mas não resisti e fiquei olhando o resultado”?! E apareceu uma listrinha apenas... meu coração apertou... e mesmo passando os cinco minutinhos, eu ainda acreditava que a segunda listra iria aparecer...
Horas depois eu ainda dava uma espiada na tirinha, só por desencargo de consciência e me entristecia novamente ao ter certeza que não foi dessa vez...
Sabe quantos vídeos de parto eu já vi?!
Quantos sonhos eu já tive?!
Quantas vezes senti cheirinho de bebê e sorri?!
Quantas reportagens eu já vi na TV, na internet?!
Quantas vezes eu passei pelas lojas de roupinhas e móveis infantis e desejei que chegasse logo meu dia, o dia de entrar naquela loja e comprar as coisas mais lindas para meu bebezinho?!
Quantas vezes eu já comprei de presente uma lembrancinha e pensei “quando vai chegar minha vez”?!
Quantas vezes eu fiquei indignada ao ver mais um bebê que foi abandonado, ou que as mães não cuidam?!
Quantas vezes eu já chorei ao imaginar a agonia de um bebê esquecido dentro do carro?!
Muitas vezes...
Quantas coisas eu não guardo só para mim...
Quem não entende chama de obsessão, diz que eu não faço idéia do que eu quero ou ao menos estou falando, mas não...
É um sonho, um desejo, é um amor se explicação!!! Um amor que já existe mesmo antes de um positivo.
É o maior dos presentes, o melhor que pode acontecer na vida de uma mulher. E mesmo que caso não consiga ser gerado dentro de mim, será gerado em meu coração.
É algo tão intenso que não posso nem consigo explicar com palavras, ou talvez possa: SER MÃE.