Emiliano Pordeus

Você não mora no meu coração
Já faz muito tempo que eu não te vejo
Pegou a estrada me deixou na solidão
Quer voltar pra casa
Querendo o meu beijo

Perdi seu carinho
Quando você se foi
Meus olhos não viram mais os seus olhos
Será que a tua boca
Ainda sente o meu beijo
Porque esse meu desejo não pode calar

Eu vou embora pra campina
Vou ver minha menina
Faz tempo que não há vejo
Desejo teu beijo
Teu cheiro me alucina

Porque eu tenho carinho por ela
E por isso ela me faz feliz
Ela é dona da minha cabeça
Eu perco o juízo
Se tirá-la de mim

Ah! Ela foi embora
Eu perdi as horas
Acreditei no seu amor
Não tive como evitar a separação
Pois meu coração não sabe o que é sofrer
Anda por aí brincando de ser feliz
Como sempre quis distraído na solidão
Ah se eu soubesse de alguém que me adore
Amor não chore
Foi tudo uma ilusão

Arroz e feijão na panela
Temperado à melodia
Duas porções de harmonia
Duas colheres de paixão
Adicione duas xícaras de alegria
Uma pitada de poesia
Está servido pra vocês meu baião

Sivuca é o arroz
Luiz Gonzaga é o feijão
Juntando os dois
Fazem meu baião
Meu baião de dois
Meu baião...
Meu baião de dois

Bicho da rua
Que sabe o que quer
Bicho da noite
Um trocado qualquer
São tantos bichos no meio do lixo
E a gente fingindo não ver

Bicho de pé
Maluco beleza
Bicho do mato
De sete cabeças
Bicho da sorte
Do jogo do bicho
Bichos escrotos
Menino bicho

Você me protege, Amor
E eu me sinto tão feliz assim
Não me deixe mais sozinho, minha Flor
Vem que eu te quero só pra mim

Só vou pensar em você
Enquanto estiver só
Enquanto o Sol estiver
Enquanto existir amor

Indignado com o meu país
Que mente na cara da gente
Que não sente o que a gente sente
E não ver tamanha cicatriz

Crimes rolam em toda parte
A violência não para de crescer
Sabemos que isso não é arte
Nem por isso vamos deixar de viver

Flor do Sertão
Cheiro de Mato
Desejo afago do teu coração
Beijo a solidão
Que voa com o vento
Perdido no tempo
Na melodia da canção

Maçã do Pecado
Veneno da serpente
Santa pura semente
Dessa terra de gado
Céu Estrelado
Alumia minha vida
Alma, pele colorida
Sentimento Alado

Eu pago dos pecados que nunca cometi

Ninguém nasceu para sofrer
Todo Mundo merece uma chance, um perdão
A gente aprende a viver, estando junto
Mas vê se volta pro meu coração

Sertão de Sol
De seca, de melodia
Sertão de Lua
De chuva, de alegria
Sertão de rios correndo para o Mar
Sertão do meu coração:
- Sou Made in Parahyba!

Quando não vem chuva
É tempo de aflição
São dias de luta
Natureza tenha compaixão

Migalhas de pão
Pra saciar tua fome
Vida na contramão
A saudade responde
Mas teu olhar esconde

Esconde o Medo
Esconde a verdade
Esconde o desejo
E a felicidade

Esconde a beleza
Esconde a vontade
Esconde a riqueza
Da realidade

Eu não desisto
Busco meu caminho
E por essa estrada sigo a caminhar
Vou levando a vida
Sem tua companhia
Mas na esperança de tudo se achar