Émile Zola
Émile Zola nasceu em Paris, França, no dia 2 de abril de 1840. Com três anos de idade mudou-se com os pais para Aiz-em-Provence. Em 1847 ficou órfão de pai, e retornou com a mãe para Paris. Estudou no Liceu Saint-Louise, onde manteve contato com a literatura romântica, principalmente com as narrativas de Victor Hugo. Reprovado em seu exame de graduação, começou a trabalhar no departamento de publicidade da editora Hachette. Colaborou para diversos periódicos.
Seus primeiros livros publicados foram as novelas “Les Contes à Ninon” (1864) e o romance autobiográfico “La Confession de Claude” (1865), com influência do romantismo. Começou a trabalhar como crítico literário e artístico no periódico L’Événement, onde fez uma enérgica defesa de Manet, questionado, nessa época, pelos setores acadêmicos.
Passou a se dedicar exclusivamente à literatura. Aos poucos se afastou do romantismo e se engajou no Movimento Realista e no Positivismo. Publicou sua primeira obra de grande importância “Thérese Raquin” (1867) inaugurando o romance naturalista, com o qual ganhou bastante prestígio. Com a novela “Madeleine Férat” (1868) se consolida no estilo de romance o qual denominou “experimental”.
Em 1868 inicia um conjunto de novelas “escritas com o rigor científico”, onde relata a história natural de cinco gerações de uma família no Segundo Império, “Los Rougon-Macquart”, criando uma monumental série de vinte novelas publicadas em trinta e um volumes. Seus textos receberam duros questionamentos por parte de escritores católicos, que viram em sua obra uma total falta de espiritualidade.
Émile Zola escreveu textos polêmicos, entre eles “J’accuse!”, um extenso artigo dirigido ao chefe de Estado francês onde defendeu a inocência do capitão, de origem judia, A. Dreyfus, acusado de traição à pátria pelos militares antissemitas. Foi perseguido e se refugiou na Inglaterra. Depois da absolvição do acusado, Zola volta para Paris e, no dia 29 de setembro de 1902 é encontrado morto em sua cama junto com sua mulher, asfixiado por monóxido de carbono.