Émile-Auguste Chartier
Émile-Auguste Chartier ficou conhecido pelo pseudônimo de Alain. Alain nasceu em Mortagne-au-Perche, em 1868. Concluiu a École normale supérieure, e logo na sequência foi nomeado como professor do ensino secundário.
A partir de 1903, Alain passou a publicar crônicas semanais em um jornal chamado “La Dépêche de Rouen et de Normandie”. Com o sucesso de suas crônicas, elas passaram a ser diárias, sendo publicadas mais 3000 crônicas entre 1906 e 1914.
Os temas abordados em suas crônicas variavam, desde política e economia, até religião, educação e estética. Suas crônicas foram, posteriormente, foram reunidas e transformadas em um livro, “Propos”.
Já em 1909, na posição de professor do Liceu Henri IV, Alain consolidou sua excelente reputação, exercendo influência sobre alunos que se tornariam célebres, como Raymond Aron e Simone Weil.
Em 1914, com o início da guerra, Alain se alistou no exército, primeiro como artilheiro e depois como telefonista. Nesse período não deixou de produzir. Escreveu obras como “Système des beaux-arts” e “Mars” (ou A Guerra Julgada).
Após ver os horrores da guerra, Alain volta ao posto de professor em Paris. Continuou publicando livros, como “Os deuses” e “História de meus pensamentos”. Suas obras eram guiadas pelo movimento pacifista, do qual fazia parte, levando o leitor a refletir a respeito da liberdade de pensamento.
Em 1951, Alain recebeu o Grande Prêmio Nacional de Literatura. O autor morreu no mesmo ano, em Le Vésinet, perto de Paris.