Elmar dos Santos Lima Neto
Nós somos um cemitério ambulante. Dentro de nós, sepultamos diariamente porcos, galinha, boi, peixe, lembranças, "pessoas" e sentimentos; todos os dias e durante toda a nossa existência.
Claro que também geramos vidas. Mas, predomina o consumo e destruição em cada um de nós. Um ciclo constante de mortes gerando vidas e vidas gerando mortes.
A desarmonia é tão contagiosa quanto SARS-CoV-2 ( vírus causador da doença Convid19). Evitar pessoas e lugares desarmoniosos é preservar a saúde física, mental e a paz espiritual.
Cuidado com as aparências e ilusões! Muitas vezes, árvores frondosas, embora toda sua exuberância, dão péssimos frutos.
Perdoar é admitisse fraco, falho e pecador. Quando perdoamos alguém estamos dizendo publicamente que é inerente ao ser humano os erros. Não existe ser humano infalível - embora devamos assumir a árdua missão e desejo de santidade e buscá-la com fervor e esperança - uma reflexão racional breve nos dirá que estamos na iminência dos tropeços dioturnamente. Perdoar um irmão que errou é criar para si mesmo uma reserva de perdão que um dia poderemos precisar usá-la.
No mundo jurídico não tem fórmula pronta e cada caso é caso impar. Dois homens que mergulham no mesmo rio, não banham- se nas mesmas águas. No máximo no mesmo rio - mas jamais nas mesmas águas.
O homem não é matéria habitando um espírito - é um ser espiritual habitando temporariamente um corpo material.
Nosso corpo é para nós o mesmo que o casulo significa para a Borboleta. Uma cápsula de incubação e aperfeiçoamento do espírito. No final do processo aperfeiçoamento, o espírito rompe o casulo e volta para casa.
Esperar que o Congresso elabore e aprove Leis mais rigorosas para combater e punir corrupção - é o mesmo que esperar dos ratos 🐁uma manifestação pública em favor da ratoeira e do chumbinho.
Gastar milhões em festas em municípios pequenos e pobres, que sobrevivem de FPM e com tantas carências e deficiências em seus serviços essenciais públicos - é tripudiar das dores do povo e suas necessidades básicas. É descaso com a coisa pública e irresponsabilidade administrativa em seu grau mais elevado. Comemorem os loucos. Eu, não.