Elizabeth Teixeira
Você sempre me perguntava se eu continuaria sua luta caso algo acontecesse. Eu ficava calada, sem saber o que dizer. Hoje, eu digo que continuarei sua luta (...) até o fim.
Enquanto houver a fome e a miséria atingindo a classe trabalhadora, tem que haver luta dos camponeses.
Que todos os companheiros que lutam no campo continuem a luta por uma reforma agrária justa, que dê condições para sobreviver dignamente no campo.
Eu penso assim: “É Deus, eu hoje ainda estar viva”. Passar as noites que eu passei sem dormir, pensando nos filhinhos que ficaram todos abandonados, as lágrimas que caíram pelos filhos que soube que foram assassinados. Meu Deus do céu, como é que eu ainda estou viva? É Deus ou não é? Sou uma velhinha muito sofrida nesse nosso país.