Elise Schiffer
Cansaço.
Cansada de recomeçar,
Deixei me cair sem lutar.
Cansada de chorar escondido,
Deixei me rolar com as lágrimas.
Cansada de sofrer sem entender,
Deixei me seduzir pela dor.
Cansada de viver,
Deixei me pronta para morrer.
De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas I
Rosemberg e Elise
Almas sinceras aglomeram amor,
Até que dois se tornem um.
Almas sinceras jogam conversa fora,
Descobrem os sonhos e amam.
Almas sinceras formam núcleos,
De amor.
Um instante, um descuido...
A morte sem pedir licença,
Chega extirpando o amor,
Numa amputação traumática.
Anos de união são desconfigurados,
Deixando o coração a pulsar solitário.
Um instante, um descuido,,,
Falta um pedaço físico,
Que o coração teima em amar eternamente.
O que que fazer com este amor?
Que o coração e os sonhos
Tentam reter no tempo.
De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas I
A alma anseia voar
A alma anseia voar….
Quando o cansaço chega
e o cárcere perpétuo impede a alma de voar,
as lágrimas rolam.
A alma anseia voar….
O cárcere da alma
é a carcaça pesada
que esmaga sonhos e lembranças.
A alma anseia voar….
Liberdade nos sonhos
sofrimento nas lembranças
e por saber que está em solitária perpétua.
A alma anseia voar….
O efeito dessa sentença
varia de acordo com a visão
da alma através das janelas.
A alma anseia voar….
A carcaça que não sangra mais
no esmeril da vida
permite que a alma chore por liberdade.
A alma anseia voar….
As pernas pesam
concretando a carcaça no solo,
os braços estão vazios de amores a abraçar.
A alma anseia voar….
A coluna não rodopia mais,
os olhos com visão nublada
ainda anseiam pelo azul do céu.
A alma anseia voar….
O coração traquicardíaco
ainda ama
amores da eternidade.
A alma anseia voar….
Dez/2015