Elisa Salles

251 - 275 do total de 502 pensamentos de Elisa Salles

Leia o que rabisco nas minhas madrugadas insones.
Se não descobrires quem sou,
saberás ao menos quem não consegui
ser...

Inserida por elisasallesflor

.. É por querer ser tudo
para alguém
por alguma causa
ou por alguma coisa
nos doamos tanto que perdemos a cor
tornamos nos papéis em preto e branco
...É ainda assim temos versos à oferecer.
Somos poetas.

Inserida por elisasallesflor

Enlevo....

Silêncio querido
Deixa-me beber todo esse instante,
de entrega tua à mim ...

Tão raro te ter assim
Cativo, submisso aos desejos meus,
fazendo festa nas curvas do meu corpo...

Ah meu doce, quietinho...
Murmura apenas meu nome
Faz-me saber que sou eu o motivo dos teus enlevos

E eu.
Ah, eu me deleito em ser o teu prazer!

Inserida por elisasallesflor

Sem Dilemas...

Vivo com a cabeça nas nuvens
Sou asas de mariposa
Cabelos de algodão
Sonhos e fantasias
Fé e utopias
versos de poesias...!

Não me admiro que eu não tenha namorado...
Quem seria o aluado
que anoiteceria nos céus e
despertaria no infinito...?

Então não há dilema!
Por nada, nem namorado algum
deste mundo, abro mão dos meus poemas!

Sonho com um dia puramente azul
Livre de toda desigualdade, de toda incredulidade,
de toda perversidade do mais forte sobre o mais fraco.
Sonho num dia alforriado de preconceitos,
onde os direitos humanos será o direito de todos,
e não apenas de quem retém o domínio comercial do mundo.
Ainda creio neste sonho azul.
Um dia em que os homens sonharão os sonhos de Deus!

Inserida por elisasallesflor

Sonho com um dia puramente azul
Livre de toda desigualdade, de toda incredulidade,
de toda perversidade do mais forte sobre o mais fraco.
Sonho num dia alforriado de preconceitos,
onde os direitos humanos será o direito de todos,
e não apenas de quem retém o domínio comercial do mundo.
Ainda creio neste sonho azul.
Um dia em que os homens sonharão os sonhos de Deus!

Inserida por elisasallesflor

Gosto de jardins.
Flores me fazem sentir tão bonita...
Sou a imagem e a semelhança de Deus
e Ele habita em todos e em tudo que há de belo.
Portanto sou parte de todo explendor de um jardim.
Simplesmente sagrado assim.

Inserida por elisasallesflor

Observe bem quando estiver atravessando um lago profundo
e aparentemente escuro e sombrio.
Em suas superfícies sempre existem flores.
São elas a forma que o Criador nos deu para nos ajudar
a atravessar o rio. Não há momentos difíceis sem beleza ou isento
de aprendizagem!

Inserida por elisasallesflor

Menina do campo

Menina do campo...
Brinca alegre no seu jardim
Corre descalsa, colhendo
azaleias, rosas e jasmins...
Sonhos, afins!

Menina do campo
com seu vestidinho rosa
corre solta pela vida
cantando cantigas, versos e prosas.

Menina do campo
Nascida para o amor e as flores
No céu um querubim grita seu nome
...Ternura, gentileza.Louvores!
Amém!

Menina do campo
Nada sabe das dores. Ainda.
...Deixe-a!_ Inocente, alheia,
de todos os horrores!

E quando a noite chegar
que a encontre com seu cestinho
repleto de margaridas e panapanás.
... De todo o resto. Ainda são restos
de um futuro incerto.

Inserida por elisasallesflor

Hoje

Não.
Não tenho pretensões de felicidades eternas
Basta à mim os risos de hoje
As ondas que tocam a praia. Hoje.
O sol que brilha. Hoje.
O pseudo amor que me ofereces. Hoje...

O amanhã ainda não existe,
então vivo o hoje como se fosse o único
e último dia da minha vida.
...E que haja poesia
Sempre

Despertar...

Curioso...
Nunca notara o arvoredo
imponente, à beira do atalho
por onde passo todos os dias.

Será que foi porque
ando alienada da beleza
que a vida ainda irradia?

Será que hoje o sol
brilha mais intenso e alaranjado
nesse findar de tarde?

...Ou será que foi o beijo
que ganhei de ti hoje,
que pôs sonhos nos meus acasos?

Não sei.
Talvez jamais saiba.
Mas como é lindo o arvoredo
à beira do caminho!

Inserida por elisasallesflor

Ode à mãe gentileza.

Amo o acalentar da fases e faces da mãe gentileza!
Quando, sublimemente alguém despeja na alma do outro
a doçura que a vida ainda lhe permitiu sentir, apesar dos pesares.

Quando alguém ousa silenciar o próprio sofrimento,no vento
e vai correndo, apressado, despejar unguentos e bálsamos
na ferida dos que sentem uma dor mais gritante que a dele...

Essa é a grande benção e a ternura da gentileza...
Ela não possui espelhos, não olha para si mesma, nunca!
Vê o brilho no olhar do outro, e se rejubila em amor fraternal.

A gentileza nunca é dona da verdade... É antes, doce e leal...
Ama aqui, agora, acolá e além e sempre_ Transcendência...!
Gentileza é o amor personificado na ternura e na carícia dos dias.

... E é por tudo isso que gentileza é passarinho raro...
Ela é o revoar em bando da própria poesia, posto que é alma.
É tudo que há de bondade, mar, sol de primavera... Luz sublime.

Ahhh, como sou amante da poesia posta em palavras no dia a dia
Mas amo, com todo o meu coração as faces da mãe gentileza!
Ela é a concretização dos versos e universos em amor e candura.

E de tudo que ainda ouso pedir ao universo e versos e reversos é
Que a loucura de gentileza que há em ti, contamine a pequena
porção de gentileza que ainda habita em mim!___ Amém!

Inserida por elisasallesflor

... e ainda canta o canário.

... E segue a vida
Seguimos com ela
No pão nosso de cada dia
Nas batalhas do dia a dia
na poesia minha
sua
de cada dia...

E o tempo vai bordando em nós
Aperfeiçoando os pontos
desfazendo os nós,
misturando cores,
matizando amores...
Uma bela toalha
para tornar mais belo
o cenário...
...E ainda canta o canário.

Para nos emprestar versos
nesse arrebol
desse início
de semana.

Inserida por elisasallesflor

Se tu voltasses...

Dia bonito
Aragem de frescor
Terna primavera!
... Mas o que tenho eu com ela?
Sou um fruto do seu descaso.
Por onde andas meu amor?

Por favor
Não questionem minha tristura
Aqui dentro, onde tudo existe
crença alguma mais persiste,
e as rosas... Ah, as rosas
tão tenras e prosas,
morreram em botão...
Dói-me tanto o coração...

Mas se tu viesses
Se voltasses, enfim,
borboletas azuis, as mais afáveis
revoariam no meu jardim,
e a vida do meu dia,
seria então
poesia...

... Ah meu bem,
se tu voltasses...

Inserida por elisasallesflor

Tão bonita...

Uma folha seca caiu
do pé de romã
do jardim

Ela partiu
Sua alma voou
transladou infinitos...

Tão bonito...

A folha secou
misturou-se ao húmus
do solo, deu brilhos às
pétalas de rosa do jardim,
brilho de carmim

Ela virou estrela.
Foi iluminar a constelação
de pégaso.

É o astro de maior grandeza.
...Tão bonita.

Inserida por elisasallesflor

PELOS OLHOS DO CORVO

Hoje vejo apenas pelos negros olhos do corvo...
Não desejo o sol enganoso do falsos dias. Calado
meu fiel guia, ao menos não me é um estorvo
Apenas um bicho à grasnar a verdade ao meu lado.

Não me conta velhos poemas de belas margaridas
Ao inverso, me apresenta à orquídea negra da noite!
É o lado afiado do punhal que subtrai a tola vida
É a parte mais crua, e cruel do impiedoso açoite!

Diz de mim, tu que não conhece a voz do desamor
Sou louca, algoz de todos os sonhos dos ancestrais?
Que sou a moça de roupas negras e alma sem cor...?

Sim, respondo-te à ti que pensas o véu costumaz
Que prefiro a crueza do corvo aos meus umbrais
do que viver na obscuridade da ilusão. Nada mais.

Anna Corvo
( Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

A ENTREGA

De longas paragens venho, de céus escuros
Venho por caminhos estreitos de horrores...
Já enfrentei demônios. Fiz deles monturos
Quase me afoguei em desertos de dissabores

Sorri pouquíssimo. Chorei lágrimas de sangria
Busquei a cura para a chaga no peito aberto...
Por vezes fiquei cega... O corvo foi meu guia
O único amigo. Quieto e sempre. Introspecto!

Busquei a luz em vãs filosofias e metafísicas
Quanto mais angariava pela luz, mas fundo ia...
Apenas uma moribunda; negra figura tísica.

Hoje nada espero senão o último dia de AIS.
Quando poderei enfim ser a foice da poesia...
...mais bela. Derradeira. Pelejas? Nunca mias!

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

A LOUCURA DO AMOR MEDIÓCRE

Entrevejam bem como me abraça o amor...!
Como o aconchego da morte, cruel e forte
Morde-me a jugular numa sangria de terror
Quando o almejo mais do que nego a morte.

E porquanto mais sou por ele, sempre rejeitada
Mais mendigo seus beijos frios e eupneicos...
Como desejo por tal querido ser a mais amada
E de tanto preterida, dói-me em esforço o peito.

Quisera negar-lhe o sangue das minhas artérias
Em desdém dizer-lhe que por fim fui liberta...
Mas fiz dele meus sagrados e minhas misérias!

Vejam, vejam bem_ Não o notar seria irreal...
Morde-me as carnes fracas, se nutre delas!
Loucura. Mas consagro este alento à imortal!

Anna Corvo
( Heterônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

NÃO ME INQUIRA SOBRE O AMOR

Como eu vejo o amor? Pergunta inusitada!
Tal como a morte, me é certo e preciso...
Mas corta a carne como o fio da espada!
Sempre fugiu ao meu domínio. Juízo...

... Que sempre foi a guilhotina má. Afiada
Mão impiedosa do destino avassalador
Nunca fui sentida como a donzela amada
Como a morte, implacável, é o amor!

Flui-me por entre os dedos como o tempo
Este algoz, sentimento de dor e tormento
Beijos frios, pérolas aos porcos e ao vento!

Nunca vi a face do dulçor, acalento doce...
Nunca verei a morte até o fim momento
Não me fale pois do amor;esta mortal foice!

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

GRASNE LIVRE O CORVO!!

Porque haveria eu de não dessaber do sentir?!
Este amor mesquinho que revoou em meu umbral
Acaso foi ele um dia o rosa vermelha à florir?
Não__ Antes fora a peçonhenta mão do mau...

Há chegar nas horas ainda de esperança menina
Varrendo toda utopia do meu verso em arranjo
Envenenando a moça com melado e Estricnina
Podou ainda no anunciar as asas do casto anjo!

Pois então porque não deveria ignorar o amor?
Este maldito tormento das madrugadas frias
Quando nem o beijo falso trás mais o langor...?

Viver de amargura, melhor que existir no engodo.
Que jamais torne a entregar o coração de poesia
Padeça a poetisa lúcida e grasne alto, livre, o corvo!!

Anna Corvo
(Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

O POEMA

Não há beleza alguma em meus escritos
São versos taciturnos, cheios de " nadas"
Apenas uma forma de sangrar distinto
Nestas noites de Morte, nada translada.

Nem sei se almejo a leitura do amigo
Sobre meus rascunhos feios e malditos
O corvo cá vigia, come e dorme comigo
E da fé, não sobejou nem mesmo o rito.

Estranhos sonham meu riso de outrora...
Eu sigo mendigando palavras pro poema
Fragmento de um riso caído na memória.

Quanto à poesia, a ressuscito do terror
Da existência forçada, onde pena a pena
Não sou poeta. Sou o resto da minha dor!

Anna Corvo
( Pseudônimo de Elisa Salles)

Inserida por elisasallesflor

AMOR EM LABAREDAS

Quando amo me entrego
Não puxo o freio
Não sei ser meios
Ou sou tua,
ou sou nada.
Tudo o mais é reflexo de mim
Não sei ser menos antes do fim
Não me permito superficialidades
Mergulho nos teus abismos
Nos meus abismos
E te possuo lá
... Onde a razão não adentra
Onde não se permite juízos.
Onde somente o amor dita as regras
Assim...
... Às surdas, às mudas, às cegas
Assim te possuo
Até que me peças mais
Me implores por tudo
E eu vou
Lá, onde tudo o que cabe somos nós
e o grande amor feito labaredas, agora,
que nos consome.

Elisa Salles
@Direitos autorais reservados

Inserida por elisasallesflor

◠ ◡ ◢
O QUE É AMAR-TE

Amo-te porque te adorar é o que sei
É tudo o que sei fazer e ouso ser...
A colheita da margarida que semeei
O ondular da onda à belprazer.

Visto que a onda ama beijar o mar
Que chega das longetudes do sem fim
És para mim o sentido do verbo amar
Todo o mau que há e o bem em mim.

Amo-te por ser toda a minha alegria
Panapanás nos infinitos de Deus....
Fiz de ti homem e sagrado. Poesia.

Amo-te no verso livre e no soneto rei
Em cada curva do meu eu feito teu
Amar-te eu escolhi e vivo. É o que sei.

Elisa Salles
@Direitos autorais reservados

Inserida por elisasallesflor

O ENCONTRO

Lá vem ela
a primavera
Como ela vem?
Feliz,
com flores até o nariz!
... E lá vou eu
Como vou?
Com esperança de ao menos uma dança no jardim do meu amor.

Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor

AINDA O CORVO

Eis, agora, talvez seja todo o pior momento
Da poetisa cujo corvo vive nos umbrais...
Não por ter um quinhão à mais de lamento
Mas por estar sabedora de todo o "Jamais".

Outrora fora ainda o poema negro e belo
A noite inocente e a lua de prata no céu...
Hoje o amor não mais aguarda o anelo
Tudo não passa de barquinhos de papel.

Talvez agora sua ida seja mais fácil. Penso...
Não há o que a retenha nas sendas do vento.
Nem a dor . Apenas um ar morto de denso!

Há sim uma calmaria fria. Só um mau amorfo.
O medo ainda há aqui. Paira na renda do tempo
Tão real... Mas não amedrontador. O Corvo!

Anna Corvo
Pseudônimo de Elisa Salles

Inserida por elisasallesflor