ELIHEMMEL

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Desculpe o transtorno, preciso falar dele...
Conheci ele no ônibus. Essa frase pode parecer estranha. Não se pensarmos em dois estudantes paulistas. Eu ia para escola. Ele ia ao trabalho. A mesma linha. O mesmo ônibus. E o mesmo amor por Doritos.
Muitas viagens. Nada além de amizade. Cinemas. Nada além de amizade. Beijos no Ibirapuera. Nada além de amor. Ele era Capricórnio e eu tinha 17. Renato Russo diria que eu era o Eduardo dele.
Vimos seriados juntos. Ele me apresentou Death Note, eu o pão de queijo com doce de leite. Fomos fitness juntos. Ele me mostrou esportes, eu o cafuné. Tentamos dançar forró juntos. Desistimos no primeiro dia, também juntos. De 10 músicas que conheço, 1 eu cantava pra ele dormir e 1 ele dedicou pra mim. As outras 8 cantávamos juntos.
Desenhei pra ele, cantei pra ele e comecei a escrever por causa dele. Ele apenas me amou como ninguém fará igual.
Um dia, terminamos. E não foi fácil. Erros irreparáveis meus. Ele, o mesmo gentleman de sempre. Nunca mais ouvi a palavra guria. Seriados não terminados, lugares não conhecidos. Faltou aquela viagem.
Essa semana, pela primeira vez, o revi. Achei que fosse chorar tudo de novo. E o que me deu foi só felicidade de ter recebido um amor tão sincero. Na verdade, não falta nada.