Eliel Diniz
Emoções
A vida me trouxe aqui
Despido de ilusões
Apreciando as estações...
Lembranças que me trazem emoções
O sentido, crido e vivido
De paixões escarnecido
Mostrando que o delírio
Não podia ser mais exaurido
No olhar foi se desgastando
Do peito foi se afastando
Cada passo, cada beijo
Caíram no esquecimento subterrâneo
A luz que havia em mim, agora jaz!
As flores perderam sua beleza
O que me fazia chorar de alegria
Hoje me faz sorrir de tristeza
Confusões
A solidão, nua e crua
A complexidade, minha e sua
A vida sem filtro
Sem ninguém pra perguntar
Sem ninguém pra se importar
A tristeza de perder
O choro por não ter
Poucos assumem
Que essa é a graça de viver
A alegria de ganhar!
Um sorriso de momento
São coisas passageiras
Que habitam no pensamento
A cada dia que passa
Uma cadeira fixa na calçada
Mostra a tênue beleza
Das confusões de uma vida passada
Meu Singelo Coração
Nas belezas de teu viver
Deixei o meu sofrer
Ouvir a tua voz doce
É como um jardim ao amanhecer
Tu tens no sorriso
A alegria de que preciso
Um dia sem vê-la
É como um dia não vivido
Tu, ó minha amada
És gotas de orvalho em terra seca
És brado de alegria em meio a tristeza
És força nos ossos de minha fraqueza
Tu mereces o melhor de mim
Pois tu és a minha conjuração
Não sou dono de muitas riquezas
Mais te dou a única que tenho
O meu singelo coração
Descanso
Deitado, descanso
Fecho os olhos para o mundo
Aquieto o pensamento
Paz no coração tão desalento
Das grandes virtudes
A maior delas é o navegar em si!
Conhecer-se revela a plenitude
De viver, aprender e sentir
A paz conquistada
De guerras travadas
Ao sublime silêncio
Galardoa minh'alma cansada
E o que me resta é esperar
Até que o tempo se acabe
Até que o viver se desgaste
Até meu coração verdadeiramente pare
Tristeza
Afinal, quais condições nos deixam tristes?
Seria a solidão?
Seria a ansiedade?
Seria o medo?
Insegurança?
Saudade?
Só sei que cá estou deprimido.
Sozinho? Sim, mas escolhi assim.
Ansioso? Não, pois sei que Deus está no controle de tudo.
Medo? Sim. O medo de perder quem mais amo me consome, a perca de mim mesmo.
Insegurança? Sim. Ama-se, mais não se sabe se é recíproco.
Saudade? Sim. Muita!
Saudade de quem está longe, saudade do passado, saudade de tudo e de todos.
Mas tudo passa, e a gente aprende a conviver com a tristeza.