Eleni Mariana de Menezes Almas Âmago
"DOIDA DE PEDRA"
O amor não viu a tua fulgurante beleza
De Aurora Boreal
Que ofusca as visões que contemplam teu semblante.
De deus belo.
Que atinge o âmago das almas apaixonadas
Perdidamente enamoradas
E nada dela tenho.
Não respeitou o odorífico frescor da tua pele.
De juventude que suscita desejos
De pertencimentos e afronta
A minha idade avançada.
E eu perturbada
Ruei às tontas tentando me aprumar, em vão.
Tão pouco mensurou as nossas diferenças.
A tua graduação
Elevada
Tua sumidade construída não por acaso
Em longo prazo
Entre livros e laboratórios
E a minha pouca, quase analfabeta.
Muito indiscreta
Vontade de te alcançar. Como seu eu pudesse!
Desfazer a abissal fenda
Que nos separa. Tu és A, eu quase Z.
Numa verticalidade de ABCD
Quando te amei...
Estava louca.
"Doida varrida"
"Doida de pedra".