Eduardo Pedrosa
PAIXÃO É TER FÉ.
Criar é puramente paixão. Você já percebeu que pessoas apaixonadas ficam mais sensíveis para escrever, para traçar desenhos ou até mesmo para ler. Estar apaixonada não significa somente gostar muito de outra pessoa, pode ser de se mesmo também. Com isso, a sensibilidade da criação brota da pele. É por isso que seres criativos a cada dia criam. Levam em conta tudo na sua vida, até os meses dentro do útero de sua mãe. Filmes, músicas, discografias inteiras, qualquer coisa serve de base para essa sensibilidade que alguns autores só tentam descrever, ou até mesmo explicar. É uma pena não conseguirem. E realmente não vão conseguir. Paixão por si mesmo e sensibilidade para criar, é saber usar como mecanismos dias de estresses no trabalho, falta de dinheiro, e tudo vira uma pauta, até motivo de chacota. É poder e ter liberdade pra pensar. É enrijecer a “musculatura” do cérebro. É poder criar sem tornar-se obvio. É ser um criador nato e apaixonado pela vida. Porque criar é paixão. Paixão é fidelidade. Fidelidade é fé.
O MISTÉRIO DA MENTE
A nossa mente às vezes é a melhor companheira. Tem dias que parece ser uma das mais traiçoeiras. Fica lembrando-nos coisas ruins, atiçando o que temos saudade, fazendo lembrar-se de coisas, esfregando os problemas na nossa frente. Nossa mente tem um sorriso para os outros e uma lagrima para ela mesma. Quer sempre ser a moçinha racional, com um coração super abalado pelo emocional. Tenta cativar e ao mesmo tempo procura o ciúme para se proteger. Nossa mente é cheia de enigmas, quando se encontra um, é hora de resolver um novo. Por que nunca seremos totalmente livres dos problemas? É aí que guardamos a majestade de nossas mentes em resolvê-los. É pensar que a mente serve para nos fazer pensar e repensar, em agir e retroagir. E, principalmente, ir em frente e acreditar. Tudo é poder da mente.
COISA VERDE
Hoje quiz fazer uma mistura. Só sei que queria alguma coisa doce, mais que também fosse azeda. Que eu pudesse comer, e não me causasse trabalho. Que levasse limão e leite condensado também. Que fosse verde, é a cor da esperança. E que me levasse a distração. Era uma mistura que levaria o nome de “coisa verde”. A coisa verde, não pode entrar na onda do momento de: chá verde, comidas a base de legumes verdes, não, não! A “coisa verde” é muito calórica, provoca alegria, satisfação, e peso na consciência depois. Leva na sua receita ovo, gelatina, suco de limão e até raspas da casca do limão. Cada fatia mais parece uma obra de arte. É como se você conseguisse materializar a satisfação. Causa água na boca só de ver, faz brilhar os olhos de tanto desejo. A sua temperatura esfria o calor do corpo e provoca uma sensação indefinível. Ao dividir com alguém, pode até rolar um beijo depois, o sabor de limonada é perfeito.
Comparando com nossa vida, tem dias que queremos fazer uma “coisa verde” de verdade. Misturar as nossas sensações ruins e colocar uma calda por cima, para deixar tudo mais doce. Adoraríamos que o verde do limão, que é o mesmo da esperança, surgisse no meio de algum dos nossos problemas. Mais o que nos resta é espremer o limão, tirar todo o suco azedo que sai dele e acrescentar leite condensado e ver a mistura que dá. Depois que gelar, ta pronto pra servir. Faça uma coisa verde na sua vida e bom apetite.