Eduardo de Campos Garcia
As denominadas deficiências, na verdade, são singularidades humanas. Esse principio é essencial para compreensão do que significa diversidade social.
Mulher não é somente uma palavra empregada no cotidiano. Mulher é um campo simbólico que marca e define.
A teoria Queer não é e nunca foi ideologia de gênero. Trata-se de um estudo sistematizado cuja observação alcança a compreensão de que a cultura, quando dogma e enraigada, aprisiona.
Ter a paciência de observar a folha que se desprendeu do galho é um exercício de compreensão daquilo que somos de verdade: frágeis, finitos e levados por uma força e lei acima das escolhas feitas.
A miséria não se trata de um estado de viver no mundo. A miséria é um capital cultural do fascismo, uma expansão de Auchiwitz a céu aberto assistido por todos que, acostumados com a tortura alheia, ignoram essa experiência política e fingem que nada acontece.
No dia das mães, sinto a dor de todas as mães que sentirão a saudade de seus filhos levados pela Covid. Que o presente de Deus para essas mulheres seja o derramamento de copiosas bênçãos!
Um abraço pode ser dado entre olhares, entre espíritos, entre corpos que se entrelaçam ou entre corpo e espírito. Por meio dessas possibilidades, posso dizer que eu abracei você.
Um dicionário inteiro não dá conta de representar a riqueza vocabular da Língua Brasileira de Sinais.
Necropolitica inclui uma série de ações coersitivas que massacra, humilha e subjuga pretos, LGBTQIA +, mulheres, indígenas, espiritualistas, etc. Seu fundamento é o fascismo. Seu discurso é sedutor e incoerente. Seu método: primeiro mata-se simbolicamente e depois os corpos.
A dor interroga a vida e suas certezas porque coloca a humanidade frente ao seu processo de viver o “não prazer”. Embora a dor seja uma experiência da carne, ela atua na alma e pode, pelo processo de expurgo, operar mudanças no espírito.
Tanto os sonhos precisam de interpretações segundo as construções culturais e o envolvimento social do analisado, quando suas formas de resistência. A resistência, ou melhor dizendo, as resistências, são formas de negar a busca por uma possível “cura” de si. Uma forma de bloquear a análise que, de certo modo, vê nesse mecanismo, um objeto a ser analisado.
A nomenclatura “surdez” tem sido aplicada de modo errôneo, ou como dispositivo de poder, durante décadas. A pessoa surda, não sofre e nunca sofreu de surdez. Essa proposição médica é uma forma de tornar a identidade surda como algo de origem patológico. Uma interpretação biológica sobre a formação e comportamento das pessoas surdas.
O que fazer quando parte daquilo que somos é arrancado brutalmente? Apenas dizer ao universo: eu estou aqui.