Eduardo Augusto Patatt Fucilini
A você, minha amada MULHER.
Na longitude do Tepeyac,
A Virgem coroada de estrela visitou,
Com brilho ardente mais que o fogo,
No manto sua imagem calcou.
De uma ebúrnea neve,
Flores mais lindas fez brotar,
Com pétalas cintilantes,
Ao índio veio dar.
Ó! Pequeno servo,
Aos altares elevado,
Sua santidade é tão airosa,
Que fiéis a ti recorrem de bom grado.
Quanta glória é dada a Deus,
Pelas mãos daquela que ao pecado corrói,
Afinal foi concebida,
Sem a malícia que me destrói.
Seu rastro inefável,
Cá na terra deixaste,
Com a mais bela Imagem,
Qual ácido que há de manchar-te?
Ó olhar tão profundo,
Ainda traz o relato,
Do dia da glória magnífica,
Que em meu coração eu oblato.
Qual pincel tão digno,
Do mais belo temor,
Nenhuma cerda tocaste,
O Teu manto de ígneo esplendor.
Guadalupe do meu coração,
A ti consagrado até a morte,
Minha vida entrego,
Para no mundo não depender da sorte.
Foi a mando de Cristo que vieste,
Para Ele ser glorificado,
E em teu nome elevar a fumaça,
Que do incenso dissipa pelo prado.
Minha Mãe da beleza morena,
Sou tão fraco longe de tua presença,
Mas Tu da pureza infinita,
Eleva a Minh 'alma à ficar longe da descrença.
Não tenho medo da morte,
Pois rejeitei ao pecado,
Respondendo a este chamado,
O sacerdócio a ti consagro.