Ednaide Gomes de Paiva e Ricardo Pinheiro
PERDIDA
Ednaide Gomes e Ricardo Pinheiro
Num caminho obscuro,
Confundi o mundo,
Embora o meu eu,
Clama pelo seu,
Se entregar seria justo,
Abandonar é ser fatal,
Por que afinal?
Padrão vira razão,
Onde há maioria?
A verdade grita,
Mas que verdade?
A que eu defendo?
Ou a que ofende?
Meu coração senti,
Solidão pavor...
Diga-me incerteza,
De-me a certeza,
Do que é certo,
Do que é errado.
Por onde começar?
Como me encontrar?
Caminhos vazios,
Ruas desertas,
Triste detalhes,
De um sim de um não,
Escuridão.
Tento fugir,
Não consigo... Medo,
De enfrentar o que almejo,
Desejo de um beijo...
Caminhos incertos,
Sem inicio sem fim,
Quero me entregar,
Te buscar, me achar,
Parar de chorar.
Um sorriso a brotar,
Desejos e amor,
Torna-se confuso,
O meu temor...
Do meu interior,
Quem eu sou?
CONFISSÃO
Desejo de descobrir
De ver seus sorriso se abrir
Sentir o calor
Reflexo de um possível amor...
Que mesmo a distância pode ser imenso
E no momento certo...ser descoberto.
Deixando as asas adormecer...
E quem sabe...
Parar de voar...
E em seus braços me agasalhar.
EU E VOCÊ
Ao deitar-se...
Você tem direito de sonhar,
Nesse sonho não tem toque nem cheiro,
Apenas o desejo de quem sabe chegar,
Chegar em algum lugar...
Será como se fosse o último,
E quando menos perceber,
Pensamento jogado ao lado.
Nem o dia e nem a noite vai ser suficiente,
Desejo a flor da pele
Falar-se-ão sem palavras,
Em gestos...
Só no olhar...
Cheiro de amor...
De puro amor...
Exalando no ar,
Como aroma de perfume da flor,
Desejo escorrendo pelo corpo,
E se entregar...
Parando o mundo...
Parando o tempo...
Eu e você.
Você e eu.
Só eu e você,
Só você e eu.
Nada mais...
Pra sempre....
Por que com certeza encontrará,
Enfim, a mim.